3.7.08

Carta em defesa da ética na mídia



O Grupo RBS tem desempenhado um papel antidemocrático na história recente da política brasileira, culminando, nestas eleições, com mais uma manipulação de pesquisas. Ficou evidente que visava obter um resultado eleitoral favorável às suas motivações econômicas e políticas. A RBS assumiu a articulação de interesses conservadores e reacionários, agrupados em torno da implantação do projeto neoliberal que levou o Brasil ao estado pré-falimentar atual, objetivando, entre outras coisas, construir no imaginário popular um forte sentimento de rejeição aos movimentos sociais, ora traduzido no antipetismo.

Nossa resposta a isso é o movimento cívico e apartidário, conclamando aos que comungam desse mesmo sentimento para que NÃO COMPREM ZERO HORA e CANCELEM as assinaturas de jornais da RBS. Além disso, outra forma EFICAZ de mostrar nossa indignação é boicotar os patrocinadores da RBS. É importante que esse movimento seja ainda mais difundido. Nossa iniciativa já atingiu um primeiro objetivo ao fazer com que a RBS viesse a público defender seus interesses através de editorial (03/11/2002). Além disso, o presidente do grupo - Nelson Sirotsky - enviou cartas aos que cancelaram a assinatura, pedindo desculpas por “eventuais excessos cometidos em alguns de nossos veículos após divulgação de pesquisa boca-de-urna”. Mas a questão não se resume à manipulação do resultado das pesquisas, já que são mero reflexo da postura de desmoralização permanente dos projetos de mudança social do campo popular.

Faça sua parte. O novo Brasil que começa a nascer não pode mais tolerar posturas antidemocráticas.



Carta de fundação do Midi@ética.


Outubro de 2002


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