4.7.08

A BêNçÃo


Pois é, jornal que nasce 1 mês depois do golpe militar de 1º de abril de 1964, precisa estar abençoado pelos valorosos defensores da família cristã contra ideologias contrárias à sua tradição democrática, não é mesmo???



Bênção do Gen. Mário Poppe de Figueiredo, comandante do III Exército depois do golpe, com direito a bilhete escrito de próprio punho para não deixar dúvida a sua autoria:
“Recebi com muita simpatia o aparecimento de Zero Hora. Com a orientação de propugnar pelos ideais cristãos e democráticos do povo brasileiro, será mais uma voz a conduzir a opinião pública no Rio Grande do Sul nos rumos tradicionais de nossa formação histórica. Auguro a Zero Hora uma longa e próspera existência.”


Teve até registro fotográfico deste momento histórico!





No seu terceiro dia de existência, a edição de 6 de maio de 1964 era só elogios! Igualzinho, igualzinho a hoje. A auto-promoção vem de berço.

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