29.7.08

Carta em defesa da ética na mídia II


Porto Alegre, 10 de janeiro de 2004

A percepção da importância do papel da mídia na sociedade atual, até pouco tempo atrás, estava
circunscrita ao meio jornalístico e a alguns setores do mundo acadêmico. Apesar da grande produção
teórica a respeito desse tema, essa discussão não mobilizava grande parte da sociedade. Era um
assunto de "especialistas".

A íntegra do documento:

http://www.divshare.com/download/5053869-3f8

Carta em Defesa da Ética na MídiaI



O Grupo RBS tem desempenhado um papel antidemocrático na história recente da
política brasileira, culminando, nestas eleições, com mais uma manipulação de
pesquisas. Ficou evidente que visava obter um resultado eleitoral favorável às suas
motivações econômicas e políticas.


http://www.divshare.com/download/5053267-2cf

15.7.08

A revista Porém está no ar na íntegra com dossiê sobre o Grupo RBS.


Caras leitoras e leitores :
Na leteral esquerda desta página, a íntegra da revista Porém ,, com as denúncias contra o GRUPO RBS e sua caminhada rumo a hegemonia, o monopólio e contra os Movimentos Sociais.

Nota quando do lançamento da revista com "dossiê" sobre o Grupo RBS, em 01/11/2003.

Representantes dos Sindicatos dos Jornalistas/RS, Radialistas, Administrativos e Gráficos, presentes à esquina democrática, em Porto Alegre, na segunda-feira, 3 de novembro, às 18h, protestaram contra a demissão de 218 profissionais do Grupo RBS. No ato público, realizado com apoio dos movimentos sociais, foi lançada a revista Porém com um dossiê sobre as relações obscuras da RBS com o poder e da sua situação de descontrole financeiro, com uma dívida de R$ 500 milhões.A justificativa do vice-presidente do grupo, o ex-ministro da Casa Civil do governo FHC, Pedro Parente, anunciado antes do fim do governo e empossado sem "quarentena", para a demissão dos 218 trabalhadores do grupo é de que a instabilidade macro-econômica dos últimos anos atingiu a maioria das empresas brasileiras.

O objetivo, segundo a nota da direção, é redução de custos. A revista Porém é bimestral, está em sua quarta edição e editou seu primeiro caderno temático numa devassa, com documentos, sobre o grupo RBS. Para o diretor da revista, Hugo Scotte, a idéia é resgatar o jornalismo investigativo e "o monopólio da mídia era uma pauta natural". Presente à manifestação, o empresário Waldir Bronzatto, disse que o país não pode crescer com sonegação de impostos, que "os homens sérios, os parlamentares sérios, deveriam unir forças para modificar esta prática no Brasil", se referindo a remessa de dinheiro a paraísos fiscais via contas CC5, apuradas pela reportagem da revista.

A Rede Brasil Sul de Comunicação é composta de 19 emissoras de televisão (17 VHF, 2 UHF), 19 de rádio (14 FM, 5 AM) e seis jornais diários. Já processou o ex-presidente do Sindicatos dos Jornalistas Profissionais no RS por uma ilustração e apesar de sua linha editorial apresentar cores carregadas de ideologia, seus diretores e jornalistas executivos afirmam com veemência sua imparcialidade. O presidente dos Sindicato dos Jornalistas gaúchos, José Carlos Torves, afirma que apesar de ótimos profissionais em seus quadros a RBS pratica um jornalismo de má qualidade, "em função da linha editorial e dos compromissos partidários dos seus proprietários". Para Torves, "os donos da mídia" no Estado são maus administradores e não sabem o que é democracia.

*nota retirada do sítio do
Sindicatos dos Jornalistas/RS .

14.7.08

Picada de abelha

Em 2002, o Grupo RBS sofreu mais um baque na sua credibilidade, quando divulgou pesquisa eleitoral manipulada pelo IBOPE às vésperas do segundo turno, bem como apresentou uma boca-de-urna extravagante, repetindo a diferença de 14% entre Rigotto e Tarso. Apurados os votos, a diferença foi de 5%. Cabe ressaltar, que o IBOPE conseguiu a proeza de errar em 90% das pesquisas encomendadas a ele naquele ano.
Fontes oficiosas dão conta do cancelamento de mais de 25 mil assinaturas da ZMentira na ocasião e, as conseqüências disso, a meia-dúzia de leitores acompanha a história neste blog.
Para a eleição de 2006, em edital na página 13, de 16 de março, a RBS vem a público relatar as regras da empresa e de seus funcionários para aquele pleito. O mesmo se deu neste ano, cuja data não nos vem à memória agora. Sabe aquela máxima de que o papel aceita tudo? Pois bem, tanto em 2006, como agora, apenas tinta e papel desperdiçados.
Está aí a editora de política e abelha-rainha do jornalismo guasca a dar a sua picada, isto é, pitada, antecipando resultados sobre a eleição municipal em Porto Alegre, como bem apontou o blog Diário Gauche, sendo a juíza do pleito. Tudo já está decidido.
Diante do que foi apurado, e que a mídia, obviamente, não tem interesse em esclarecer, quanto mais não seja para preservar a sua credibilidade e a de seus funcionários, caberia mais reservas a esta colonista. Ações policiais no RS e em SP apontam as relações muito próximas e promíscuas de empresas de comunicação e seus funcionários com esquemas de roubalheira do dinheiro público. Quem tem uma imagem a zelar - recomenda o bom senso - mais do que ser, tem que parecer ser honesto.

Pedindo o impedimento ao Min. Gilmar Mendes


Não leva um minuto. Entre, preencha três dados, envie e confirme:
http://www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?w267x65

Ainda que não chegue a um milhão de assinaturas para poder ter validade como ação civil pública, poderá repercutir do STF.

Para entender o problema, o Judiciário se divide em 3 instâncias. Uma ação judicial só chega no Supremo Tribunal Federal, quando passa pelas instâncias anteriores. É aquilo que se conhece por recursos. A gravidade do habeas corpus dado por Gilmar Mendes não é apenas porque liberou o acusado Daniel Dantas.


O problema está em que a própria hierarquia foi escandalosamente atropelada, de forma inédita na história do judiciário brasileiro.
(http://nev.incubadora.fapesp.br/portal/segurancajustica/judiciario)

9.7.08

Carta em defesa da ética na mídia II




Porto Alegre, 10 de janeiro de 2004

A percepção da importância do papel da mídia na sociedade atual, até pouco tempo atrás, estava circunscrita ao meio jornalístico e a alguns setores do mundo acadêmico. Apesar da grande produção teórica a respeito desse tema, essa discussão não mobilizava grande parte da sociedade. Era um assunto de "especialistas".

De uns tempos para cá, começa a se notar uma mudança em relação a esse tema. Em várias partes do mundo, estão começando a surgir grupos dentro da sociedade civil que começam a questionar o poder midiático. A discussão sobre o monopólio da mídia é um fenômeno global.

Trazendo esta questão para próximo de nós, ou mais especificamente para o âmbito do estado do Rio Grande do Sul, deparamo-nos com um episódio recente que, pode-se afirmar, foi um marco no embate entre os interesses da mídia hegemônica e a sociedade. O episódio, ao qual estamos nos referindo, foi a grosseira manipulação da pesquisa eleitoral pelo Grupo RBS na última eleição para Governador do Estado. Este fato desencadeou, espontaneamente, uma reação entre os leitores do jornal Zero Hora, que culminou com o expressivo cancelamento de assinaturas. Pode-se dizer que essa reação foi inesperada e inédita. Era a população indignada, tomando uma atitude frente a falta de ética de um monopólio da comunicação.

Foi nesse contexto que surgiu o Mídi@ética. Usando a Internet como canal de articulação, um grupo de pessoas de diversos segmentos convergiu para o mesmo objetivo de aprofundar a discussão em torno do fenômeno mídia e suas relações com a sociedade e o poder público. No rastro dessas discussões, foram organizadas página na Internet, manifestações, panfletagens, reuniões, palestras, culminando com a participação do Mídi@ética no III Fórum Social Mundial na oficina "Liderança ou monopólio: questões relativas à ética no caso RBS".

Passado esse primeiro momento, o Mídi@ética ficou como uma espécie de referencial para esse tipo de luta, mantendo a memória de um fato que não pode ser esquecido. Além disso, mantém a sua página com diversos assuntos que dizem respeito ao tema mídia.

Com a alteração do quadro político estadual e nacional após as últimas eleições, não se nota nenhuma mudança na relação governo/mídia/sociedade. Se na esfera governo/mídia as coisas estão no mesmo pé, no âmbito da sociedade, observa-se uma certa inquietação. Essa inquietação começa a traduzir-se na
forma de uma percepção, por parte de vários movimentos sociais, de que a mídia precisa ser confrontada.

Esse parece ser o segundo momento desse embate. Sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, ongs e movimentos diversos estão começando a perceber a mídia como um articulador político hostil aos seus interesses, deturpando e criminalizando os movimentos sociais. Como reação a isso, podemos citar a Marcha dos Sem, que recentemente entregou uma Carta Aberta (linkar) à Direção do Grupo RBS, exigindo um tratamento digno aos movimentos sociais. E tudo isso ocorrendo à revelia dos partidos políticos, que parecem não responder aos anseios da sociedade, ou seja, os movimentos sociais estão
tomando as rédeas dessa discussão.

O Mídi@ética , pela sua própria natureza, solidariza-se e se associa a essa nova etapa de uma luta que parece estar começando.

Pela ética na mídia.

Pela democratização da comunição.

Uma outra comunicação é possível!


Mídi@ética.

7.7.08

A Formatura de Lair Ferst

O núcleo duro do poder! Nem Dark Vader faria melhor!

A difícil tarefa de colocar a mídia em seu devido lugar.


Porto Alegre,19 de agosto de 2005

A crise política desencadeada a partir das denúncias de corrupção nos Correios e o seu desdobramento no episódio que ficou conhecido como “mensalão”, escancara a conduta da mídia hegemônica como deformadora de opinião.

Esta mídia, histórica e intimamente ligada a auto-denominada elite brasileira e ao capital, e, portanto, completamente divorciada de um compromisso com o restante da sociedade, usa a informação como instrumento para atingir os escusos interesses da classe que representa.

Acompanhando exaustivamente o noticiário a respeito da crise política que ora vivenciamos, tanto da mídia impressa como da mídia eletrônica, salta aos olhos a existência de um denominador comum em toda a cobertura: a intenção de destruir o Partido dos Trabalhadores (PT) como força política. Todo o esforço é feito no sentido de circunscrever ao PT todas as denúncias. A corrupção nos é apresentada pela mídia, praticamente, como se fosse uma invenção do Governo Lula. Não há precedentes históricos. É como se a vida política nacional até 31 de dezembro de 2002 fosse conduzida pela madre do Convento das Virgens dos Pés Descalços.

Na presente crise, a mídia cotidianamente omite fatos, descontextualiza-os, superdimensiona denúncias que no momento seguinte vêm se mostrar sem fundamento e subdimensiona as que envolvem os partidos do campo com os quais ela tem compromisso. Aceitando-se, ao pé da letra, o que a mídia veicula, fica a certeza de que basta eliminar o PT do cenário político, que a corrupção será automaticamente varrida do país.

É importante deixar bem claro, que não se trata de fazer aqui a defesa daqueles que, dentro do PT, agiram na contra-mão dos princípios historicamente defendidos pelo Partido. Trata-se sim, de colocar as coisas nos seus devidos lugares e denunciar o quanto a mídia está sendo manipuladora, tendenciosa e irresponsável na cobertura desses acontecimentos.

Dois pesos, duas medidas


A mídia não cansa de apontar o financiamento privado das campanhas do PT, através do caixa 2, denunciando aquilo que ela considera uma relação espúria entre o interesse público e o privado. Mas só no PT. Vítima de uma amnésia conveniente, ela escamoteia o mesmo problema - Marcos Valério, "mensalões", caixa 2, compra da reeleição do FHC - quando isso atinge os partidos ou políticos com os quais ela tem relação direta.

Por exemplo: já é de domínio público, há cinco anos, que o caixa 2 da campanha presidencial do PSDB em 1998 foi de pelo menos R$ 10 milhões. Nessa época, o tesoureiro da campanha do FHC informou ao TSE a arrecadação de R$ 77 milhões nas campanhas de 1994 e 1998. Mas, na realidade a arrecadação foi em torno de R$ 94 milhões. Uma "irrisória" diferença de R$ 17 milhões. O tesoureiro da campanha era Luis Carlos Bresser Pereira, que agora pede o impedimento de Lula, alegando que “estamos ante a maior crise moral da história brasileira”. E a desfaçatez continua: “Nas democracias, embora o poder seja formalmente do povo, na prática, está com a sociedade civil, que dele se diferencia porque, no povo, cada cidadão tem um voto; na sociedade civil, o peso de cada cidadão depende de seu conhecimento, de seu dinheiro e de sua capacidade de comunicação e organização". O que seria a tal "capacidade de comunicação"? Seria o número de empresa de mídia que a elite controla? Este ato falho de Bresser deixa bem claro o que a chamada elite brasileira entende por democracia.

A mídia faz vistas grossas ao caixa 2 da campanha de 1998 ao governo do estado de Minas Gerais. Naquela ocasião, o senador e atual presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, recebeu R$ 20 milhões, sendo que R$ 11,5 milhões pelo caixa 2, onde Marcos Valério injetou R$ 9 milhões. Igualmente, em 1998, a agência SMP&B, de Marcos Valério, deu R$ 50 mil para a campanha de FHC à reeleição, que também não foram contabilizados na prestação de contas enviada ao TSE pela tesouraria tucana.

Já os R$ 50 mil que o Deputado Federal João Paulo Cunha (PT/SP) recebeu do mesmo Marcos Valério a mídia não deixa passar batido. E isso poderá lhe custar o mandato. Nunca é demais lembrar, que Cunha, quando Presidente da Câmara dos Deputados, comandou uma barganha espúria e, a título de liberar a pauta da Casa no final de 2004, aniquilou o Conselho Federal de Jornalismo, desfecho bem ao gosto do coronelato midiático. Brutal ironia: Cunha destruiu o mecanismo que tinha justamente o objetivo de impedir as grosseiras manipulações que a mídia engendra e das quais ele hoje é uma das vítimas.

As empresas de mídia também são empresas

É comum a mídia se apresentar como uma espécie de ente que paira acima do bem e do mal. Ela não tem dono, não tem interesses, é “imparcial” e democrática. Essencialmente, a mídia não discute a si mesma. E tanto isso é um fato, que a Revista Veja, por exemplo, que tem sido uma das pautadoras das denúncias contra o Governo Lula e o PT, insiste na tese de que haveria uma relação promíscua entre estes e o setor privado. No entanto, "esquece" de informar aos seus leitores, de acordo com o jornalista Marco Aurélio Weissheimer, citando dados obtidos pelo gabinete do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), a partir de informações do TSE., que a Editora Abril, a qual Veja pertence, "doou, nas eleições de 2002, R$ 80,7 mil a dois candidatos do PSDB e a um candidato do PPS. O deputado federal Alberto Goldman (PSDB-SP) recebeu doações de R$ 34,9 mil da editora naquele ano. O deputado federal licenciado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, recebeu uma quantia mais modesta, R$ 15,8 mil. Ferreira é hoje secretário de governo do prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB). Já o candidato Emerson Kapaz (PPS-SP), que já exerceu mandatos pelo PSDB antes de trocar de partido, recebeu R$ 30 mil".

Segundo Weissheimer, a partir destes dados, Dr. Rosinha tira algumas conclusões, especialmente no caso do financiamento da campanha de Alberto Goldman. "Além de ter relatado a Lei Geral de Telecomunicações durante o governo FHC, Goldman também presidiu a comissão que tratou da flexibilização do monopólio do petróleo. O principal beneficiado pelas doações da Editora Abril foi ainda ministro dos Transportes, quando deu início ao processo de privatização das rodovias e portos brasileiros. (...) E vai mais além. Uma das maiores editoras do Brasil, a Abril possuía um endividamento líquido, em 2002, de R$ 699,5 milhões. Em julho de 2004, fundos de investimento em empresas de capital privado da Capital International Inc. associaram-se ao grupo Abril, beneficiando-se da Lei Geral de Telecomunicações, relatada por Goldman. Ainda segundo Dr. Rosinha, essa negociação permitiu à editora um aumento de capital de R$ 150 milhões - parte desse valor teria sido utilizada no abatimento da dívida. 'O negócio corresponde a 13,8% do capital da Abril. A dívida atual da editora chega a R$ 485,9 milhões', acrescenta, concluindo: 'Como se vê, mesmo endividada, a empresa não deixou de contribuir com campanhas tucanas. Onde fica o princípio de imparcialidade e a independência jornalística dos veículos ligados à editora?', questionou o parlamentar".

Assim, como a Editora Abril não expõe as razões que a leva a financiar determinados candidatos, as demais empresas de mídia não perguntam o por quê desse comportamento, deixando evidente um corporativismo escancarado e que certamente não traz benefício algum à democracia. Como bem observa Weissheimer, a "Editora Abril e a revista Veja poderiam dar o exemplo e explicar com que interesse financiaram campanhas eleitorais de candidatos tucanos. E se esses interesses se manifestam, de algum modo, em suas escolhas e ênfases editoriais. Afinal de contas, a falta de transparência nas relações entre o público e o privado é um dos fatores causadores da atual crise política".

O "discurso afinado"

Toda vez que alguém levanta a necessidade de se conduzir as investigações sobre as denúncias que vêm sendo feitas com o mínimo de isenção, cautela e responsabilidade, a mídia aponta isso como um "discurso afinado" em defesa do PT. Por outro lado, quando a oposição faz, em coro, acusações levianas, sem provas, a mídia não vê nisso uma articulação, um "discurso afinado". Do jeito que a coisa vai, daqui há alguns dias, poderemos assistir o Beira-Mar ser mais um candidato à delação premiada, dizendo que vendeu "fumo" para o Lula e o Presidente que fique com o ônus da prova. Estamos vivendo novos tempos: os postes mijando nos cachorros. E com ampla cobertura midiática. A mídia sabe que tais denúncias, partindo da onde partem, não tem futuro. Mas aposta no desgaste que elas podem produzir.

Não se trata, repetimos, de defender A ou B. Trata-se sim de garantir informação com credibilidade, embasada no factual e com a responsabilidade social que se espera de instituições que são parte de um estado democrático de direito. O incentivo ao denuncismo, endossando a tese de impedimento, cheira a golpe. Poderíamos até falar de um golpismo midiático.

A RBS participa do coro

Não fugindo à regra, a RBS contribui com o seu quinhão a este linchamento moral do PT. É pública e notória a hostilidade que esta empresa de mídia sempre teve em relação ao PT. Se alguém ainda duvida disso, podemos lhe refrescar a memória. A RBS nunca perdeu a oportunidade de atacar às administrações petistas, utilizando-se dos mais insignificantes pretextos. Mas dois episódios se destacaram nesta campanha de desgaste: o caso da Ford e o da segurança pública, durante o governo Olívio Dutra. Particularmente no caso da segurança pública, a RBS articulou os partidos de oposição e instrumentalizou uma canhestra CPI que não produziu nenhum resultado por absoluta falta de provas. Apesar disso, os efeitos desta nefasta campanha, combinados com a divulgação de pesquisa eleitoral manipulada pelo Ibope, através do jornal Zero Hora, fizeram-se sentir no resultado das eleições de 2002 para o governo do RS. Porém, tal manobra não ficou barata para esta empresa: a RBS sofreu um abalo de credibilidade, materializado pelo cancelamento maciço de assinaturas do seu jornal.

Paralelamente, a RBS atravessava uma profunda crise financeira, por conta dos maus negócios feitos na farra das privatizações das empresas estatais de telefonia. Para sanear suas finanças, entra em cena, através de negociações nebulosas, o ministro do apagão do Governo FHC, o sr. Pedro Parente. Ele assume um cargo da diretoria no Grupo RBS, sem respeitar a quarentena que todo ex-funcionário público deve guardar por lei. Como se pode notar, tudo dentro dos mais “rigorosos” preceitos éticos que esta empresa diz defender.

No presente momento, fiel aos seus “rigorosos” preceitos éticos e ao compromisso com a verdade – conforme o seu Guia de Ética e Responsabilidade Social - a RBS está empenhada (como de resto toda a mídia da aldeia) em transformar o PT em um monte de escombros, sepultando debaixo deles, os culpados e os inocentes. Tarefa muito delicada, pois que ela tem de cuidar para que parte desses escombros não lhe caia na cabeça, na sua e na dos outros partidos que ela tenta preservar quando trata das denúncias de corrupção, com a vergonhosa parcialidade que lhe é peculiar.

No afã de atacar o PT, a RBS se deixa pautar até por obscuros jornais de bairro. Ou então permite que seus “formadores de opinião”, como o venal Lasier Martins, façam ilações sobre contas clandestinas nas Ilhas Cayman. Jogar pedra na casa dos outros quando se tem telhado de vidro? Que temeridade! Lasier esquece, ou pensa que os outros esqueceram, que há uma edição inteira da revista Porém que trata exatamente sobre isso: contas clandestinas nas Ilhas Cayman. Só que contas da RBS. Este esgoto que a edição especial da Porém destampou, nunca mereceu um comentário sequer desses “articulistas”. Bem como a citação do nome da empresa na CPI do Banestado. Quem cala, consente.

Em nome da ética e da democracia

Que a mídia não subtraia da população brasileira a verdade. Que se apurem todos os fatos e que se punam todos os culpados, os de agora e os do passado recente, com o rigor que a lei determina. Sem exceção. E que se estabeleça um debate profundo e sério sobre a reforma política, sob pena de que, se isso não acontecer, depararmo-nos, daqui há pouco tempo, com estes mesmos problemas.

Por outro lado, resta saber onde se dará esta discussão. Será nesta mídia corporativa, profundamente comprometida com os interesses que ela supostamente denuncia? Óbvio que não. Antes de debatermos a necessária reforma política, impõe-se um outro debate, muito mais importante e crucial, do qual dependem todos os outros, qual seja: o da democratização dos meios de comunicação.


Este é o princípio que nós do Midi@ética sempre defendemos.

4.7.08

VeRgOnHa e ImBeCiLiDaDe

As leituras estarrecedoras dos blogs Diário Gauche, Ponto de Vista e RSurgente, inspirou-nos a fazer o seguinte ensaio com as/o representantes gaúchas...











http://50anosnonosso.blogspot.com/2007/08/vai-comear.html
SE VOCÊS NÃO TÊM CORAGEM
PARA ENFRENTAR ESTA PODRIDÃO
CHAMADA RBS,
CALEM A BOCA!!!

O PaSsAdO NãO PeRdOa






Caderno Especial da revista Porém, 1º/11/2003.

DiA 16 de SeTeMbRo de 2007

PROCURADORES ACUSAM RBS DE MONOPÓLIO


Está lá no RSurgente:
Procuradores da República entrarão com uma ação na Justiça Federal em Santa Catarina contra o grupo RBS, informa matéria de Raquel Casiraghi, da Agência Chasque. Eles acusam a empresa da prática de monopólio e de ter mais de duas emissoras no Estado, o que é ilegal. A RBS, segundo os procuradores, também desrespeita a legislação que estipula que as TVs cedam espaços em suas programações para iniciativas locais.

Segundo Celso Três (foto), Procurador da República em Tubarão, a idéia da ação surgiu após a RBS comprar, em agosto de 2006, o jornal A Notícia, de Joinvile. Com o negócio, a empresa passou a dominar ainda mais o mercado de jornais em Santa Catarina, o que, na avaliação do procurador Celso Três, é prejudicial à população.

Além do A Notícia, a RBS é proprietária dos jornais Diário Catarinense e Jornal de Santa Catarina. Situação semelhante ocorre no Rio Grande do Sul, onde a RBS é proprietária dos jornais Zero Hora, Diário Gaúcho, Pioneiro e Diário de Santa Maria.O procurador disse à Agência Chasque: “Como em qualquer lugar o monopólio da mídia é terrível, é pior do que o monopólio em qualquer outro setor.

Ele evidentemente trás danos ao consumidor. Quando falamos em mídia a situação é pior ainda, já que tratamos do princípio da pluralidade que está na Constituição. Não existe democracia sem imprensa livre, mas a liberdade de imprensa pressupõe a pluralidade, não existe liberdade de imprensa tendo um monopólio”.

Os procuradores querem anular a compra do jornal A Notícia, fazendo com o que o mesmo volte para antigo proprietário ou seja vendido para terceiros. Além disso querem alterações no sistema de televisão da RBS. Segundo Celso Três, a empresa possui seis emissoras em Santa Catarina, quando a lei permite até duas. Ele apresentou um exemplo dos efeitos negativos do monopólio midiático: “na última eleição em Santa Catarina passamos a campanha inteira ouvindo da RBS que sequer teria segundo turno, através do Ibope.

Ocorreu o segundo turno, em que a RBS afirmava que a diferença entre os dois candidatos era de mais de vinte pontos percentuais, e no final, a diferença foi de 5%. Todo mundo sabe que a indução maciça eleitoral em favor de um ou outro candidato influi diretamente no eleitorado. E para resolver isso não adianta impedir as pesquisas, querer tirar do ar a emissora, a questão está justamente em permitir a pluralidade”.

A Buzina do Sirotsky



O cara usou o logo do Nonosso!

A Usina do Gasômetro - Porto Alegre - está sediando o mais novo programa do partido RBS, A Buzina do Sirotsky, que tem o objetivo secundário de tornar o apresentador, já velhusco e pouco simpático, mais popular. O principal objetivo porém é inserir a imagem de seu partido (que elegeu prefeito e governadora) em um local há muitos anos, desde a sua criação, associado a partidos aos quais faz oposição - PT, PSB, PC do B.

Foi uma baita jogada política do PRBS, cujos principais sustentáculos que o mantém no poder do Estado e da Capital são os panfletos eletrônicos que espalha através das dezenas de rádios e tevês (em situação ilegal) e os panfletos impressos que vende em bancas, para assinantes e filiados.

Através da penetração com esses panfletos o PRBS consegue ser o amor bruxo de grande parte da população gaúcha (e catarinense) e garante a parceria de poderosos grupos econômicos e outros partidos de fachada que assim tiram também a sua polpuda cota de casquinhas do cego, surdo e sem palavras, porque enamorado, povo gaúcho (e catarinense). (Será por isso que tem aumentado tanto o número de piadas sobre a macheza guasca?)

Ontem estive lá à tardinha e havia uma fila de 60 metros do lado de fora da Usina para pegar a senha para entrar no programa. Talvez o público se frustre, pois dentro só encontrará máquinas e imagens, sequer o apresentador estará lá. Em alguns horários encontrarão alguns de seus empregados, mas é só.

Se esse programa traz benefícios para o povo? Talvez, se perceber que é a face do verdadeiro poder do estado oligárquico que se expõe ostensivamente e mostra que desse poder ele, o povo, só participa e participará como matéria prima em um primeiro momento, espectador logo a seguir e vítima permanente. E ainda conseguir fazer os cegos de amor bruxo verem isso.

A CREDIBILIDADE...


PRBS INFRINGE A LEI


Além de ser um partido político ilegal, pois não possui registro, o Presidente do PRBS se gaba de atuar com mais ilegalidade ainda!!!



Lemos no RSurgente o seguinte:Além de procurar fazer uma demonstração de força para a Rede Record, que está entrando no mercado gaúcho de mídia, a RBS está aproveitando as comemorações de seus 50 anos para anunciar seus planos para o futuro. As ambições hegemônicas do grupo aparecem sem rodeios nas palavras de seu presidente, Nelson Sirotsky. Na inauguração da exposição “No Ar 50 anos de vida”, na Usina do Gasômetro, Sirotsky afirmou: “Se nos últimos 50 anos a comunicação influenciou fortemente a vida das pessoas, nos próximos, veremos um impacto ainda maior. E a RBS será um grande player nesse novo mundo da comunicação”. No dia 19 de setembro será lançado o primeiro jornal on-line do grupo, o Zero Hora On-line, que será integrado com a redação da ZH impressa. “Vamos oferecer conteúdo 24 horas por dia. Podemos dizer que a Zero Hora estará em todos os lugares”, anunciou Sirotsky.O executivo também anunciou investimentos de R$100 milhões para os próximos dois anos.


Os recursos serão aplicados na construção de um novo parque gráfico, na zona Norte de Porto Alegre, para a impressão dos jornais Zero Hora e Diário Gaúcho, na digitalização da transmissão de duas de suas emissoras de televisão (em Porto Alegre e Florianópolis) e na ampliação dos serviços jornalísticos on-line. A RBS também acaba de lançar o portal de serviços Hagah em Curitiba. Com isso, está presente hoje em seis estados brasileiros com veículos de comunicação de massa no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de sucursais e escritórios comerciais no RS, SC, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Somente na área de mídia são 18 emissoras de TV aberta, 2 canais “comunitários”, 26 emissoras de rádio, 8 jornais, 2 portais de internet, uma editora e uma gravadora.



Daí, a equipe do 50anosnonosso foi buscar a Constituição Federal brasileira e lá se lê:
Constituição FederalCapítulo VV - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL (ART. 220 A 224)Texto do Capítulo



Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.


§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV .


§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.


§ 3º - Compete à lei federal:I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao poder público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.


§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.· Lei nº 9294, de 15.7.1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.· Decreto nº 2018, de 1º.10.1996, que Regulamenta a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996.· Decreto nº 3157, de 27.8.1999, que dá nova redação ao art. 5º do Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996.


§ 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio*.


§ 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.


Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:


I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;


II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;


III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;


IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.


Art. 222 - A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.


§ 1º - Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação.


§ 2º - A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social.


§3º - Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de lei específica, que também garantira a prioridade de profissionais brasileiros na execução de produções nacionais.


§ 4º - Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1º.


§ 5º - As alterações de controle societário das empresas de que trata o § 1º serão comunicadas ao Congresso Nacional. (NR)* Nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 36/2002.


Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.


§ 1º - O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e 4º, a contar do recebimento da mensagem.


§ 2º - A não-renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.


§ 3º - O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores.


§ 4º - O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de decisão judicial.


§ 5º - O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze para as de televisão.Art. 224 - Para os efeitos do disposto neste Capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.· Lei nº 8389, de 30.12. 1991, que Institui o Conselho de Comunicação Social, na forma do art. 224 da Constituição Federal e dá outras providências.* Lê-se no livro Mídia e Democracia, páginas 40 e 41:
"No que diz respeito à concentração e diversificação, Lima (2001) mostra que a prática é oposta ao que está escrito no artigo 220, parágrafo 5º, da nossa Lei Maior. Poucos grupos controlam a televisão aberta e paga (concentração horizontal). Criam programas de distribuição e comercialização, vendem CDs, telenovelas, licença para transmissão de jogos (concentração vertical). Além disso, dispõe de vários ramos comerciais do setor de comunicações - jornais, revistas, telefonia celular, provedores da Internet (propriedade cruzada).
O Grupo RBS pode ser incluído nos moldes acima citados. A propriedade cruzada é percebida em sua atuação nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde reúne 6 jornais, 24 emissoras de rádio AM e FM, 21 canais de TV, um portal da Internet, uma empresa de marketing e um projeto na área rural, além de ser sócia da operadora de TV a cabo NET (Zero Hora, 31 de ago. 2002).
Especificamente no caso do Rio Grande do Sul, a RBS tem sua força regional, ao dispor, ainda, do modelo de propriedade em cruz, ou seja, reproduz em nível local ou regional, os oligopólios de propriedade cruzada. É proprietária de um jornal na cidade de Caxias do Sul - O Pioneiro - junto com estações de retransmissão de televisão e estações de rádio. O mesmo pode ser dito da cidade de Santa Maria, onde o jornal Diário de Santa Maria também é da sua propriedade."
Guareschi, Pedrinho A. & BIZ, Osvaldo. Mídia e Democracia. Porto Alegre: Evangraf, 2005, pp 40 e 41.



É RUIM, HEIN?????????

FuNcIoNáRiO PaDrÃo

Vocês acreditam que esta pessoa abaixo foi "obrigada" a realizar esta charge para ZH???

Os CaNsAdOs de 1964.

ZH, 14/05/64, página 4:


O "PERIGO" VEM DE CUBA!!!


EDITORIAL DE ZH ASSINADO:














PUBLICAÇÃO APÓCRIFA, MAS BEM-VINDA!!!













ExPuRgO!

Estampada na manchete de capa do dia 12 de maio de 1964:EXPURGO IMEDIATO DE FUNCIONÁRIOS


Página 6: Manchete para o expurgo promovidopelo prefeito interventor de Porto Alegre.











Página 7: ZH Militar - Êta puxasaquismo, hein?





















E sobre o expurgo? SILÊNCIO TOTAL.

RBS bem relacionada!




O PRBS mandando na cidade e a Prefeitura bem faceira...
Tá lá no blog Buracos Na Baltazar:
COMO SE NÃO BASTESSE A GOVERNANÇA FOGAÇA ENTREGAR A USINA DO GASÔMETRO PARA A INICIATIVA PRIVADA, VEMOS AGORA O TOTAL DESRESPEITO COM A SINALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO.ALÉM DE ATRAPALHAR A VISÃO DA SINALIZAÇÃO DA VIA, TEM UMA PUBLICIDADE TAPANDO A PLACA QUE INDICA UMA OBRIGAÇÃO AO MOTORISTA.

Tô Nem Aí



Dia 11 de maio de 1964, o bicho pegando no RS e a ZH nem aí! Só elogios para o "novo Governo" que expurgou os "elementos comprometidos com a antiga administração".
Apoio explícito ao golpe militar!



IgUaLzInHo, IgUaLzInHo


Para quem pensa que ZH mudou de Ary de Carvalho a Nelson Sirotsky, aí vai o desmentido. Permanece a mesma distorção grosseira da realidade que denuncia a condição de classe de seus proprietários.

O cerzido ideológico de um sociólogo pigmeu“As idéias dominantes são as idéias das classes dominantes”. Com essa assertiva irrefutável de Marx (no “Manifesto”) basta para responder ao sociologuinho raso Alberto Carlos Almeida, que divulgou recentemente uma pesquisa onde trata de livrar a cara das elites econômicas e culturais brasileiras das suas responsabilidades éticas de classe dominante.Segundo o jornal Zero Hora de hoje, que repercute o lixo pseudo-científico deste lacaio do sistema, “para o sociólogo [Almeida], o país vive uma divisão entre o pensamento arcaico, presente entre quem pouco estudou, e o moderno, presente na elite intelectual”.

Alberto Carlos Almeida é um sociólogo pigmeu a serviço da mídia oligárquica. Suas pesquisas não tem nenhum valor científico. Enxerga a superfície da realidade e afirma tratar-se da sua essência. Quando ele diz que os pobres são arcaicos e os cultos e ricos são modernos, Almeida não só está legitimando uma ordem desde sempre desigual, mas sobretudo tirando conclusões cínicas e apressadas sobre a nossa sociedade de classes. Almeida pretende construir, de maneira vulgar, uma ideologia, ou cerzir os fundilhos de uma ideologia rota, de forma a justificar a abismal diferença de classes no Brasil, fazendo passar a idéia de que tais fenômenos sejam desejados por Deus, fixados pela Natureza ou sustentados por algum dever moral escondido nos feitiços do tempo – onde nunca há sujeito responsável.

O curioso é que muitos indivíduos que se consideram espertos ainda “comprem” o pacote fraudulento de Almeida. Que a revista Veja, o jornal Zeagá, etcetera, o façam, não é de estranhar. Cumprem apenas o seu papel de difusores da mentira ideológica que precisa ser regada diariamente para não murchar como planta exótica em solo inóspito. Mas quando o ex-deputado Marcos Rolim tropeça e cai nessas armadilhas reluzentes da oligarquia decadente, aí a coisa fica dramática.

Em sua coluna dominical de Zeagá, o ex-parlamentar petista, assume como lícito e digno o embrulho almeidista, e até faz considerações piedosas sobre os destinos nacionais caso o “arcaísmo das classes subalternas” persista por mais tempo.Mal suspeita o colunista que esse trabalhinho pseudo-sociológico esteja inscrito numa estratégia mais ampla da direita para deslegitimar as duas eleições nas quais esses mesmos “arcaicos” escolheram um presidente – o primeiro da nossa longa história como Nação – egresso das classes populares.

Mesmo que esse presidente tenha traído sua origem de classe, não importa, as elites não toleram – e Almeida apenas confirma – serem dirigidas e lideradas por um outsider de classe. Por bem menos, porque não eram outsiders, Getúlio foi ao sacrifício pessoal e Jango foi apeado do poder em 1964.Na mentalidade de nossas elites também está grafado com letras de fogo a conhecida consigna da Passionária espanhola: - No passarán! – agora com sinal invertido.Fonte: Diário Gauche

Da ArTe de SaCaNeAr PoLítIcOs



Saudações do prefeito de Porto Alegre, Sereno Chaise do PTB, ao novo jornal, em 6 de maio de 1964:A propósito do surgimento de ZERO HORA, o sr. Sereno Chaise, prefeito Municipal de Porto Alegre, assim se manifestou:- "Entendo que o surgimento de ZERO HORA na imprensa do Rio Grande do Sul veio enriquecer o nosso conjunto de órgãos dedivulgação, de tão caras tradições e tão relevantes serviços prestados à cultura do povo gaúcho. ZERO HORA, pelo que conheçoda capacidade profissional de seus diretores e funcionários, só poderá engrandecer ainda mais a imprensa gaúcha, motivo porqueme congratulo com os porto-alegrenses e todos os rio-grandenses pelo seu lançamento. Tenho a certeza de que ZERO HORA, dentro da orientação sadia que está imprimindo às suas matérias, servirá de instrumento de colaboração ao meu governo, através da crítica construtiva e da divulgação precisa das iniciativas que minha administração venha a tomar em benefício da cidade. Aosseus diretores e funcionários, portanto, as minhas congratulações e os meus votos de amplo sucesso na tarefa a que se lançaramatravés das suas páginas."






CAPA DE ZERO HORA DO DIA 8 DE MAIO DE 1964:





ZH OPINA: "DUPLO SIGNIFICADO"




















Como bem enfatizou o editorialista de plantão: REJUBILEMO-NOS, pois, com o duplo significado que tem para nós brasileiros, a comemoração do aniversário da vitória dos países aliados na segunda grande guerra mundial.

Sobre a cassação do Sereno, NENHUMA PALAVRA!!! Ao que parece, muitos políticos, ainda hoje, não aprenderam a lição de que não adianta fazer média com a mídia... Ela representa a classe dominante e sempre alinhar-se-á com os seus interesses.

E considerando-se que a Rússia foi o país aliado que mais contribuiu para a derrota do fascismo, que monumental lambança esse editorial!!! É como disse o Plínio Marcos certa vez: fomos lutar contra o fascismo na Europa e ele corria solto por aqui.

A BêNçÃo


Pois é, jornal que nasce 1 mês depois do golpe militar de 1º de abril de 1964, precisa estar abençoado pelos valorosos defensores da família cristã contra ideologias contrárias à sua tradição democrática, não é mesmo???



Bênção do Gen. Mário Poppe de Figueiredo, comandante do III Exército depois do golpe, com direito a bilhete escrito de próprio punho para não deixar dúvida a sua autoria:
“Recebi com muita simpatia o aparecimento de Zero Hora. Com a orientação de propugnar pelos ideais cristãos e democráticos do povo brasileiro, será mais uma voz a conduzir a opinião pública no Rio Grande do Sul nos rumos tradicionais de nossa formação histórica. Auguro a Zero Hora uma longa e próspera existência.”


Teve até registro fotográfico deste momento histórico!





No seu terceiro dia de existência, a edição de 6 de maio de 1964 era só elogios! Igualzinho, igualzinho a hoje. A auto-promoção vem de berço.

AS HISTÓRIAS QUE A RBS NÃO CONTA


Tá lá no RSurgente:

A RBS iniciou as comemorações de seus 50 anos com pompa, circunstância e uma conveniente dose de amnésia. O caderno especial publicado nesta sexta-feira, no jornal Zero Hora, omite alguns fatos importantes que marcaram a história e o crescimento do grupo. Mais do que isso, distorce fatos, em especial aqueles relacionados ao período da ditadura militar. Como a maioria da grande mídia brasileira, a empresa gaúcha apoiou o golpe militar que derrubou o governo de João Goulart.

O jornal Zero Hora ocupou o lugar da Última Hora, fechado pelo regime militar por apoiar Jango. Esse é o batismo de nascimento de ZH. Como escreveu Eleutério Carpena, em uma edição especial da revista Porém sobre a RBS, “a mão que balança o berço de ZH é da violência contra o Estado Democrático de Direito”.


Três dias depois da publicação do famigerado Ato Institucional n° 5 (13 de dezembro de 1968), ZH publicou matéria sobre o assunto afirmando que “o governo federal vem recebendo a solidariedade e o apoio dos diversos setores da vida nacional”. No dia 1° de setembro de 1969, o jornal publica um editorial intitulado “A preservação dos ideais”, exaltando a “autoridade e a irreversibilidade da Revolução”.

A última frase editorial fala por si: “Os interesses nacionais devem ser preservados a qualquer preço e acima de tudo”. A expansão da empresa se consolidou em 1970, quando foi criada a sigla RBS, de Rede Brasil Sul, inspirada nas três letras das gigantes estrangeiras de comunicação CBS, NBC e ABC. A partir das boas relações estabelecidas com os governos da ditadura militar e da ação articulada com a Rede Globo, a RBS foi conseguindo novas concessões e diversificando seus negócios.
Outro fato marcante da história do grupo que não é mencionado no caderno comemorativo é a ativa participação da empresa no processo de privatização da telefonia no RS, durante o governo de Antônio Britto, ex-funcionário da RBS.

Aliás, não só no RS. Segundo pesquisa realizada por Suzy dos Santos (do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Culturas Contemporâneas da Faculdade de Comunicação da UFBa e Sérgio Capparelli (do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Fabico/UFRGS), a RBS esteve presente em praticamente todos os momentos do processo de privatização das telecomunicações no país, durante o governo FHC.

O ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo FHC, Pedro Parente, assumiria depois um alto cargo na direção da RBS. Aqui no RS, desde o golpe de 1964, a empresa sempre teve uma relação íntima com os governantes de plantão. Com uma exceção, o governo Olívio Dutra, fustigado desde seu primeiro dia e pintado como um monstro que ameaçava os homens e mulheres de bem do Rio Grande.

Esses fatos você não verá expostos na exposição organizada pela empresa na Usina do Gasômetro (gentilmente cedida pela administração Fogaça) e em nenhum dos veículos do grupo que, nos próximos dias, praticarão, à máxima potência, a arte do auto-elogio e da amnésia seletiva.


( publicado em Sexta-feira, 31 de Agosto de 2007)

NaSce Um NoVo JoRnAl



“Servir ao povo é o nosso lema”

Nasce hoje um novo jornal, autenticamente gaúcho. Democrático. Sem compromissos políticos. Nasce com um único objetivo: servir ao povo, defender seus direitos e reivindicações, dentro do respeito às leis e às autoridades.O aparecimento de Zero Hora, totalmente desligada da Rede Nacional de jornais que anteriormente editava Última Hora, somente foi possível com a compra do controle acionário da Editora Flan S.A. por um grupo de representantes das diversas classes sociais.A par de sua orientação, Zero Hora se manterá na linha de defesa dos princípios cristãos e de apoio a todos que, sem medir esforços ou sacrifícios, lutam para impedir a implantação em nosso país de ideologias contrárias às nossas tradições democráticas.

Zero Hora conserva alguns redatores e colunistas do jornal anterior, pela posição que esses profissionais desfrutam na imprensa gaúcha, bem como nomes realmente expressivos e já consagrados pelo público.Ao entregar o 1º exemplar de Zero Hora, queremos agradecer às agências de publicidade e a todos anunciantes que prestigiam o lançamento deste jornal. Ao mesmo tempo, asseguramos aos leitores dar o máximo de nossos esforços para manter a melhor qualidade possível ao novo rebento da imprensa gaúcha.



“Houve a extinção do Última Hora por razões políticas e o seu sucedâneo, é claro, deveria estar afinado com as contingências da ditadura. Mesmo os seus pró-homens nunca negaram as raízes do jornal. Zero Hora, indiscutivelmente, foi concebido como cria do autoritarismo. Zero Hora nasce num momento histórico de derrubada do Estado democrático, permanecendo de mãos dadas com os donos do poder político.”

(...) Ary de Carvalho adquire o jornal, muda o nome para Zero Hora. No primeiro editorial, de 4 de maio de 1964, conforme Galvani (1995, p. 461), lemos:
‘Nasce hoje um novo jornal, autenticamente gaúcho. Democrático. Sem compromissos políticos. Nasce com um único objetivo: servir ao povo, defender seus direitos e reivindicações, dentro do respeito às leis e às autoridades.’
A partir de 1965, a empresa passa a se chamar Empresa Jornalística Sul-Rio-Grandense. Dois anos mais tarde, Maurício e Jayme Sirotsky compram a participação do grupo que está associado a Ary de Carvalho e, a partir de 1970, adquirem a parte do fundador do Zero Hora. O jornal muda o logotipo, moderniza-se e altera os padrões administrativos.”*
*GUARESCHI, Pedrinho & BIZ, Osvaldo (org.). Diário gaúcho: Que discurso, que responsabilidade social?- Porto Alegre: Evangraf, 2003.


(31 de Agosto de 2007)