24.2.10

CATINGA DE LIXÃO


O tabloide Zero Hora, aquele que cultiva fontes fidedignas dentro de recipentes de lixo, cumpre, na edição desta quarta-feira, 24, sua sina de aterro sanitário do jornalismo. Além do tolete acima, obrado pela "mais importante colunista de Política do RS", a xexelenta gazetinha da Famiglia Sirotsky cuidou de reciclar os dejetos da Folha de S.Paulo também em forma de notícia de página inteira. Pior: transformou a palhaçada em Editorial, assinando seu atestado de velhacaria. Os Al Capones da Notícia sequer tiveram a esperteza de verificar que o factoide já estava incinerado pela verdade desde a véspera, como atestam as postagens do blog de Luis Nassif, "repercutidas" pelo RS Urgente.

Fonte: Cloaca News

Cheiro de factóide

“Cheiro de escândalo”, escreve a colunista política de ZH, Rosane de Oliveira, em sua coluna desta quarta-feira:

“O que poderia ser um grande trunfo da candidata Dilma Rousseff na campanha – a reativação da Telebrás para oferecer internet de banda larga a preços acessíveis nos confins do Brasil – ameaça se transformar num escândalo capaz de tumultuar a sucessão presidencial. No centro do imbróglio está a controvertida figura do ex-ministro José Dirceu, antecessor de Dilma na Casa Civil e hoje um dos estrategistas de sua candidatura. Dilma não é acusada de nada, mas ter de dar explicações sobre atos de Dirceu na campanha é um peso que ninguém gostaria de carregar”.

Já Luis Nassif denuncia em seu blog que esse “cheiro de escândalo” não passa de um factóide que foi desmascarado ontem durante o dia e também por uma matéria do jornal O Estado de São Paulo. Nassif resume o caso:

1. Ontem matéria do notório Márcio Aith denunciou que a decisão do governo de recuperar a rede de fibras óticas da Eletronet – massa falida administrada pela Justiça do Rio – permitiria a Nelson Santos, ex-acionista, receber R$ 200 milhões. E relacionava essa operação com a consultoria que lhe foi prestada por José Dirceu.

2. Os fatos foram amplamente desmentidos no decorrer do dia. Mostrou-se que seria impossível qualquer pagamento a Nelson, já que o governo retomou a rede de fibras óticas da empresa e as pendências remanescentes são com os credores, não com os ex-acionistas.

Hoje, o notório Aith volta ao tema, não toca mais no assunto Nelson Santos. Substituiu o escândalo anterior por um novo: a operação, na verdade, destinava-se a permitir a Oi, em conluio com o governo, assumir a rede da Eletronet.

É outro factóide desmentido pelos fatos: o governo quer que a Telebras se incumba da rede de banda larga, contrariando os interesses das operadoras. Quais os dados objetivos que fundamentam a acusação de Aith? Nenhum. Ou melhor, uma tentativa da Oi de negociar com os credores da Eletronet. E que não deu certo, porque, segundo a OI, chegou-se a um «impasse comercial».

3. Aí a reportagem do Estadão driblou o controle do aquário e mostrou a razão do impasse comercial: a tentativa da OI foi vetada pela Eletrobras, controlada pelo governo. Com isso, impediu-se a OI de assumir a empresa e o Nelson de embolsar R$ 70 milhões.

No início da tarde desta quarta, o factóide tinha virado fumaça e sumido do site da Folha de São Paulo.


Fonte: RSurgente

21.2.10

Homenagem a Daniel Herz na I CONFECOM

Bê-a-Bá do PiG(*)


O Conversa Afiada reproduz sugestão dos amigos navegantes Rogerio Floripa e Claudio Calente:

Curso Basico de Jornalismo Manipulativo



Fonte: Paulo Henrique Amorim

Instituto Millenium: toda a democracia que o dinheiro pode comprar!

Por Gilberto Maringoni* na Carta Maior


Seminário sobre liberdade de expressão reunirá em São Paulo a nata da plutocracia. O interessante é que o Instituto que o promove tem o mesmo nome de uma conceituada casa de prazeres

Acabou o carnaval, mas a festa continua. Vem aí, gente, o Fórum Democracia e liberdade de expressão, promovido pelo Instituto Millenium . O acontecimento será no dia 1º de março, no Hotel Golden Tulip, na capital paulista. A inscrição é uma pechincha: R$ 500 por cabeça.

A lista de palestrantes é de primeira. Lá estarão o dr. Roberto Civita (Abril), o ministro Hélio Costa (Globo), Marcel Granier (dono da RCTV, famosa por tramar e propagar o golpe de 2002 na Venezuela), Demétrio Magnoli (venerando Libelu de direita, que está decidindo se o melhor é ser contra a política de cotas ou contra a política de quotas), Denis Rosenfield (entidade do folclore gaúcho que ainda não tomou conhecimento do fim da Guerra Fria), Arnaldo Jabor (o espirituoso), Carlos Alberto Di Franco (dirigente da organização democrática Opus Dei), Marcelo Madureira (humorista neocon), Reinaldo Azevedo (claro!), Roberto Romano (ético ao quadrado) e os modernos deputados Fernando Gabeira e Miro Teixeira.

Intelectuais de programa
O Instituto Millenium veio para ficar. Foi fundado em 2005, no Rio de Janeiro. Não se sabe se tem algo a ver com o conceituado Café Millenium, estabelecimento classe A, onde gente de primeira ia buscar diversões, digamos, adultas até julho de 2007, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O Café Millenium não escondia seu negócio. O slogan era “Sua noite de primeiro mundo”. Com belíssimas garotas a excitar a imaginação e a ação de senhores de fino trato, vendia o que anunciava. Deve-se à fúria moralizante do prefeito Gilberto Kassab – um “Jânio sem alcool”, na genial definição de Xico Sá – o fechamento desta e de outras instituições semelhantes, nos tempos em que as enchentes não eram preocupação de um alcaide movido a reeleição.

No site do Instituto Millenium não há nenhuma informação sobre o paradeiro do Café. Os proprietários devem ter feito alguns arranjos aqui e ali, para não dar muito na vista e resolveram tocar o pau. Para manter o embalo dia e noite, aparentemente já contrataram alguns intelectuais de programa, vários articulistas que não estão no mapa, inúmeros jornalistas de vida fácil e go-go-oldies. Discrição total. O distinto senhor ou senhora comprometida pode ir sem medo, que é todo mundo limpinho, o ambiente está aparelhado para experiências das mais exóticas. Há estacionamento e os acompanhantes falam inglês e são educados.

O tal do fórum
O máximo do prazer será a atração deste início de março, o Fórum Democracia e liberdade de expressão. Entre os apoiadores do evento, sempre segundo o site do Millenium, estão a Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), entidades que envolvem a Globo, o SBT, a Record, a Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo, a RBS e outras empresas que decidiram boicotar a I Conferência Nacional de Comunicação, numa demonstração de forte apreço pela democracia. Figura lá, além do Instituto Liberal, um sensacional Movimento Endireita Brasil (MEB), cujo nome diz tudo.

A Carta de Princípios do Café, digo Instituto, é das mais edulcoradas. Entre tantos pontos, está lá: “promover a democracia, a economia de mercado, o estado de direito e a liberdade”. Assim, o mercado, quase como sinônimo de democracia. Mais adiante são enunciados seus valores e princípios: “o direito de propriedade, as liberdades individuais, a livre iniciativa, a afirmação do individualismo, a meritocracia, a transparência, a eficiência, a democracia representativa e a igualdade perante a lei”. Jóia! Vamos todos aderir!

Entre os conselheiros “de governança” e mantenedores está a fina flor da sociedade brasileira. Entre outros, figuram João Roberto Marinho (vice-presidente das Organizações Globo), Jorge Gerdau Johannpeter, Roberto Civita (Abril) e Washington Olivetto (presidente da W/Brasil). Já no Conselho Editorial está o sempre alerta Eurípedes Alcântara (diretor da redação de Veja) e no Conselho de Fundadores e de Curadores está ninguém menos que Pedro Bial, o grande comandante do programa cultural Big Brother Brasil, um modelo do que se pode fazer com a liberdade de expressão às mancheias. Coroando tudo está o Gestor do Fundo Patrimonial, Dr. Armínio Fraga, que dispensa maiores apresentações.

Com o empenho do Café, digo do Instituto Millenium, a democracia e a liberdade de expressão passam a ser mais valorizadas no Brasil. Por baixo, por baixo, a valorização deve ser de 500% em fundos off shore.

Todos dia 1º. de março ao Millenium, gente. A sua noite – ou dia - de primeiro mundo!

Em tempo: Não se sabe ainda se os antigos proprietários do Café Millenium entrarão na Justiça contra os mantenedores do Instituto Millenium. A ação se daria não apenas por plágio, mas por comprometer o bom nome do Café em uma possível volta ao mercado.


*Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).

BBB da TV Globo, um programa imbecil

Reproduzo abaixo o provocativo cordel do poeta baiano Antonio Barreto, intitulado “Big Brother Brasil – um programa imbecil”. Ele atiça a reflexão de milhões de brasileiros embasbacados com o reality show da TV Globo:


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’..

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude..

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

Fonte: Altamiro Borges

Direita midiática conspira em São Paulo

Por Altamiro Borges em seu blog

No dia 1º de março, no Hotel Golden Tulip, na capital paulista, as estrelas da direita midiática estarão reunidas num seminário cinicamente batizado de “1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão”. Não faltarão críticas a Conferência Nacional de Comunicação, sabotada pelos donos da mídia, e às idéias democratizantes do Plano Nacional de Direitos Humanos. O presidente Lula ficará com a sua orelha ardendo. Será rotulado de autoritário, populista e de outros adjetivos. O evento tentará unificar o discurso da mídia hegemônica para a disputa presidencial de 2010.

Os inscritos que desembolsarem R$ 500 poderão ouvir as opiniões de famosos reacionários sobre as “ameaças à democracia no Brasil” e as “restrições à liberdade de expressão”. Marcel Granier, dono da golpista e corrupta RCTV, que teve sua outorga cassada pelo governo venezuelano, fará a palestra de encerramento. A lista de palestristas convidados causa náuseas: o fascistóide Denis Rosenfield, o racista Demétrio Magnoli, o pitbul Reinaldo Azevedo, o bravateiro Arnaldo Jabor, o líder da seita xiita Opus Dei, Alberto Di Franco, além de vários comentaristas da TV Globo.

O sinistro Instituto Millenium

O evento, que tem o apoio da Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), é uma iniciativa do sinistro Instituto Millenium. Esta entidade reúne poderosos banqueiros, industriais e barões da mídia e pretende ser um centro de aglutinação dos defensores da “economia de mercado”, como descreve seu sítio. Ela é presidida por Patrícia Carlos Andrade, que foi analista dos bancos Icatu e JPMorgan, e é filha do falecido jornalista Evandro Carlos de Andrade, um dos mentores da Central Globo de Jornalismo.

O instituto não tem nada de neutro ou plural. É controlado pelas corporações empresariais. Entre os mantenedores estão Jorge Gerdau, o barão da siderurgia, Sergio Foguel, da Odebrecht, Pedro Henrique Mariani, do Banco BBM, Salim Mattar, do grupo Localiza, e Marcos Amaro, da TAM. O gestor do fundo patrimonial da Millenium é Armínio Fraga, o ex-presidente do Banco Central na era neoliberal de FHC. Os barões da mídia têm expressiva presença na entidade. Entre os dez principais mantenedores estão João Roberto Marinho, das Organizações Globo, e Roberto Civita, da Abril. Seu conselho editorial é dirigido por Eurípedes Alcântara, diretor de redação da Veja.

A resposta dos movimentos sociais

O repórter Adriano Andrade, num excelente artigo para o jornal Brasil de Fato, demonstrou que o Instituto Millenium representa a nata da direita brasileira. Patrícia Andrade chegou a assinar o “manifesto contra a ditadura esquerdista na mídia”, escrito pelo fascistóide Olavo de Carvalho. A entidade também promove anualmente o risível “dia da liberdade de impostos”. Para o repórter, a Millenium lembra duas instituições que tiveram papel de relevo na preparação do golpe militar de 1964 – o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES), ambos financiados pelo governo dos EUA e pelos grupos monopolistas nativos.

O evento de 1º de março bem que mereceria uma resposta organizada dos movimentos sociais, alvo das manipulações constantes da mídia hegemônica. O demonizado MST, as ridicularizadas centrais sindicais, a estigmatizadas entidades estudantis, além das forças opostas a todos os tipos de discriminação, como a de gênero e a racial, poderiam aproveitar este evento conspirativo da direita midiática para protestar contra a “criminalização dos movimentos sociais e pela autêntica liberdade de expressão”. Nada mais democrático do que protestar contra a ditadura da mídia.

12.2.10

Planeta Atlântida/RBS lançava esgoto na via pública


TAC assinado em dezembro de 2009 foi uma alternativa proposta pela Promotora de Justiça de Capão da Canoa

Até o final do mês de fevereiro [2010], a RBS Participações, por meio da rádio Atlântida, divulgará spots durante os intervalos comerciais com informações e dicas de preservação ambiental, a fim de estimular a conscientização sobre o tema. A veiculação das inserções teve início em janeiro, e decorre de um termo de ajustamento de conduta firmado entre o Ministério Público e a empresa.

O TAC, assinado em dezembro de 2009, foi uma alternativa proposta pela promotora de Justiça de Capão da Canoa, Caroline Gianlupi, após a constatação de danos ambientais ocorridos durante a realização do Planeta Atlântida do ano passado. Na ocasião, a Patrulha Ambiental identificou que o esgoto, proveniente de banheiros químicos instalados no local do evento, estava sendo despejado em via pública, onde transitavam pessoas. Na época, a empresa providenciou reparos na coleta de esgoto e a coleta dos dejetos. Mesmo assim, após um levantamento, ficou estimada multa de R$ 20 mil pelos danos ambientais.

“Nós identificamos que seria melhor reverter esta multa em divulgação de uma campanha publicitária com foco na conscientização ambiental”, esclarece a promotora Caroline Gianlupi. Ao todo, devem ser veiculados 100 spots de 30 segundos cada na Rádio Atlântida de Porto Alegre (durante a semana) e de Tramandaí (aos sábados e domingos), entre 11h e 20h. Após o dia 20 de fevereiro, quando encerra o prazo para cumprimento do TAC, a RBS deve fornecer uma planilha com dia e hora das inserções. Além disso, a empresa se comprometeu a impedir a repetição do problema nas edições posteriores do Planeta Atlântida.

O não cumprimento da medida acarretará multa de R$ 50 mil pela não compensação do dano ambiental, que reverterá para o Conselho Pró Segurança Pública de Xangri-Lá.

Pescado do portal web do MP/RS

........................

Esta é a pedagogia da RBS dirigida aos pré-adolescentes e adolescentes frequentadores desavisados do evento Planeta Atlântida. Este é o espírito de cidadania que brota da empresa midiática da família Sirotsky.

Edificante!

Flagrante de jornalismo iletrado



Pequena amostra da grande consideração e elevado apreço que a RBS tem com os seus consumidores-leitores.

"Café para louco não precisa açúcar" - pensa o editor da coisa.



Fonte: Diário Gauche

11.2.10

PRF rechaça reportagem de Zero Hora

A Polícia Rodoviária Federal encaminhou nota oficial ao jornal Zero Hora, discordando da forma como foi tratada na reportagem “Queda no número de agentes ilustra decadência da PRF no Estado”, publicada no último domingo (07/02/2010). “As estatísticas operacionais repassadas aos jornalistas da Zero Hora mostram, de forma clara, que houve redução na quantidade de mortes e estabilização do número de feridos nas rodovias federais gaúchas em 2009”, diz a nota. Segundo a PRF, os dados também indicam aumento dos flagrantes de infrações de trânsito, de pessoas presas e de apreensões de produtos contrabandeados. “Desta forma, convém perguntar: não é simplista avaliar uma instituição

observando unicamente a quantidade de servidores?” – indaga o texto. E acrescenta:

”Os resultados positivos alcançados pela PRF, mesmo com a histórica e pública carência de pessoal, mostram que a corporação compensa o baixo efetivo com empenho de seus quadros e investimento na infraestrutura de fiscalização. Em 2009, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal injetou mais de R$ 22 milhões no Rio Grande do Sul, adquirindo viaturas, etilômetros e computadores portáteis. Para melhorar a eficiência e a agilidade no atendimento das ocorrências, a Polícia Rodoviária Federal instalou base de operações aéreas em Canoas e designou helicóptero para ser empregado no estado”.

”Ao longo do ano”, conclui a nota, “os agentes da Polícia Rodoviária Federal fiscalizaram 630 mil veículos, registrando a marca de uma abordagem por segundo nas estradas que cortam o Rio Grande do Sul”. “Mais de dois mil motoristas foram interceptados pela PRF enquanto dirigiam sob efeito do álcool, e mais de 200 mil veículos foram flagrados enquanto trafegavam com excesso de velocidade”.

Para ZH, que recebeu estes números, a PRF é uma polícia esgotada no Rio Grande do Sul.

Fonte: RSurgente

9.2.10

Zero Hora omite causas do crescimento da classe C


Eis que está na capa da Zero Hora de domingo, dia 7: “A vez da classe C”, com o subtítulo explicando que 32 milhões de brasileiros ascenderam e agora têm acesso a novos bens de consumo. A reportagem é do caderno Dinheiro, o que gera uma certa desconfiança, mas, como começou bem, levei fé. Me dei mal.

O texto é bom, não há como negar. Apesar de ser de um caderno de economia, é agradável de ler e se esforça para aproximar o leitor do tema abordado. Não vai direto a números e fatos duros de economês, muito antes pelo contrário. Gira em torno de histórias de vida para mostrar de que forma vive a nova classe média, as pessoas que ascenderam à classe C. E faz isso bem, com exemplos concretos, nomes, fotos. Há quatro casos na página central do caderno, de pessoas que compraram carro, andaram de avião, aderiram a um plano de saúde e compraram apartamento.

Na capa do caderno, a reportagem começa com a descrição da trajetória de uma mulher que voltou a estudar e se formou pedagoga, muito bem narrada, por sinal, por Gisele Loeblein e Rodrigo Müzell. Os números que dão a perspectiva concreta da situação do país aparecem em boxes espalhados pela página central, o que torna leve e faz com que o leitor comum ganhe proximidade com um caderno normalmente tão enfadonho. A análise das consequências desse boom da classe C para a economia ficam em um box no fim da reportagem.

Mas quando tudo parece ir muito bem, a gente percebe que está faltando alguma coisa. É óbvio, eles mostram o tempo inteiro como é a vida nos novos classe C, a quantidade de gente que subiu na vida, falam até como alguns conseguiram, mas não explicam por quê.

Não é mencionado em nenhum momento que esse fenômeno recente se deu em função de programas de governo, do aumento do emprego formal, de uma economia mais sólida e todas essas coisas que qualquer economista sério cita de olhos fechados. É como se as pessoas tivessem melhorado de vida só por mérito próprio. Trinta e três milhões de suados trabalhadores que ascenderam, de uma hora pra outra. E que nunca pensaram em fazer isso antes de Lula se tornar presidente. Engraçado, não? Pois é, o texto não questiona nada disso. Aliás, a leveza da narração vai conduzindo o leitor de tal forma que ele não se pergunte por que isso vem acontecendo.

O fato de tanta gente melhorar de vida parece quase um milagre, sem causas aparentes. Mais uma vez, Zero Hora manipula a informação, omite dados, engana o leitor. A diferença é que agora fez bem feito, o que é mais assustador do que quando é escancarado.

Por Cris Rodrigues

Fonte: JornalismoB
Atualizado em 10/02/2010 às oh36min.

8.2.10

O falso nacionalismo da TV Globo



Está começando a guerra digital no Brasil

Com os níveis de audiência em vertiginosa queda, as tevês abertas (não pagas) estão a beira de um ataque de nervos. Para tanto, apelam para o velho truque do nacionalismo ao reclamarem ao ministro das Comunicações Hélio Calixto da Costa o cumprimento estrito do artigo 222 da Constituição brasileira. Este artigo diz o seguinte, segundo a livre interpretação da TV Globo em matéria veiculada no Jornal Nacional, ontem à noite: "Empresas jornalísticas, mesmo na internet, tem que pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos".

Com truque ou sem truque, o certo é que a ameaça à hegemonia das empresas de radiofusão é real. O grande bicho-papão da Globo e demais redes de televisão e rádio no Brasil são as empresas de telefonia, que se preparam para disputar o nosso vasto mercado de comunicação social. As velhas redes representam um modelo tecnológico e uma fórmula comunicacional (ideologizada e unidimensional) que aos poucos estão ficando obsoletos.

Estamos no ponto exato do que se pode chamar de encruzilhada tecnológica da comunicação brasileira. Os grandes capitais do setor disputam o mercado, mas esquecem os requerimentos da democratização horizontal da comunicação, recentemente pautados pela Conferência Nacional de Comunicação (1ª Confecom), de dezembro de 2009.

Em 2008, a rede Globo faturou cerca de 6 bilhões de reais, ao mesmo tempo que a operadora de telefonia Brasil Telecom teria faturado cerca de 40 bilhões de reais. Isto demonstra que, de fato, é uma luta desigual, considerando o tamanho dos capitais envolvidos e a atratividade do negócio em si. As novíssimas mídias, a permissão da lei brasileira para que estrangeiros operem e controlem totalmente as empresas de telefonia, a chegada de empresas de comunicação da Europa (Vivendi e Prisa/El País) promovem um abalo sísmico no mercado de comunicação do Brasil. As velhas redes de radiofusão contam com uma bancada numerosa e mobilizada no Congresso (no vídeo acima fica evidente), contam mesmo com o próprio Ministério das Comunicações, cedido a eles pelo lulismo de resultados, mas essas alianças são precárias e podem migrar em busca de ambientes mais confortáveis para seus interesses eleitorais e pecuniários.

O processo vai se precipitar até que se complete a conversão tecnológica brasileira para o sistema digital, em pleno curso, hoje. As verbas publicitárias das televisões abertas encolhem a cada mês, na razão direta da queda nas audiências de sua grade de programação, os investimentos precisam ser feitos para acompanhar o salto tecnológico, a concorrência da internet é acirrada, e, assim, o futuro nada mais é que uma sombra ameaçadora que pode liquidar com os velhos baronatos de antigas famílias. Restam as alianças, as fusões e as incorporações, fórmulas igualmente antigas de o novo incorporar o arcaico em nome de um progresso que sempre foi para poucos. Ao Estado resta, na mesma medida, arbitrar menos em favor dos grandes capitais e mais em proveito da verdadeira democratização dos meios de comunicação. Este é um compromisso que a futura candidata Dilma precisa assumir, já que Lula ficou sentado no meio do caminho, entre o rochedo inarredável do seu espírito conciliatório e a pedra dura de sua incompreensão sobre o papel da comunicação social em nossos dias.

Fonte: Diário Gauche

A ENQUETE QUE O ESTADÃO ESTÁ ESCONDENDO


.
Um dia desses, o portal Estadão, da corporação mafiomidiática O Estado de S.Paulo, lançou uma singela enquete, com o nítido propósito de demonstrar que o Presidente Lula não está com essa bola toda na hora de transferir seu prestígio. A pergunta, curta e grossa, é:
"Você votaria no candidato do presidente Lula em 2010?"
O escrutínio virtual , surpreendentemente, já conta com mais de 40 milhões de votos.
Clique aqui para ir até lá sufragar uma das alternativas. E descubra por que o link da enquete desapareceu da página principal.
.
Atenção: caso apareça uma mensagem de erro no link da enquete, recarregue a página.

Fonte: Cloaca News

O apagão da Yeda

Por Jorge Furtado, no blog do Nassif

Deixa ver se eu entendi: por absoluta falta de planejamento o governo gaúcho está promovendo um apagão elétrico que prejudica seriamente a vida dos gaúchos e o assunto é tratado pela imprensa como uma questão técnica?

Os consumidores gaúchos, contribuintes, que já pagaram suas contas de luz e tiveram prejuízos com o apagão de Yeda serão indenizados? Fiquei em Porto Alegre para trabalhar e tive minha luz cortada por quase duas horas, porque a CEEE não previu o consumo de luz no verão? Quais bairros tiveram suas luzes cortadas? Qual o critério dos cortes?

No ano passado uma queda de energia de Itaipu mereceu dezenas de capas de jornais, programas de tv e rádio, que forçaram a barra para equiparar algumas horas de interrupção de energia, aparentemente provocada por uma forte tempestade, com os seis meses de apagão e racionamento que, por incompetência do governo de FHC, perturbaram a vida do brasileiros e causaram enormes prejuízos ao país.

Agora nós, gaúchos, ficamos sabendo que teremos nossas luzes cortadas seletivamente, a critério da CEEE, porque eles não imaginaram que no verão faria calor.

Quem é o culpado pelo apagão da Yeda? O inesperado calor do verão! Quem é o culpado pelos alagamentos de São Paulo? As surpreendentes chuvas de verão! Quem é o culpado pelos raios que desarmaram as linhas de transmissão de Itaipu? A Dilma e o Lula! Depois se queixam que ninguém mais leva os jornais a sério.

Fonte: RSurgente

O jornalismo imparcial de Zero Hora

Com o seu candidato à presidência da República em queda livre nas pesquisas, as grandes empresas de comunicação tentam desesperadamente criar factóides para tentar reverter a atual tendência eleitoral. A central de factóides está dividida entre redações de Rio e São Paulo. Veículos de outras capitais operam como meros retransmissores do que é produzido nestes centros. É o caso, mais uma vez, de Zero Hora nesta quinta, que repercute matéria publicada ontem pelo jornal O Globo sobre uma suposta ameaça feita pelo governo federal sobre o fim do Bolsa Família caso Serra ganhasse a eleição. O PSDB acusou o Planalto de “terrorismo eleitoral”, ZH repetiu a acusação e não se deu ao trabalho sequer de publicar a posição do Ministério do Desenvolvimento Social desmentindo a mesma. Os editores de ZH chamam isso de “jornalismo imparcial”. Segue a nota do MDS, não publicada por ZH:

A manchete e a chamada de capa de O Globo desta quarta-feira (03/02) confundem os procedimentos operacionais do Programa Bolsa Família com as regras que o norteiam. Diante disso, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) esclarece:

1) No entendimento da Consultoria Jurídica do MDS, a instrução operacional nº 34, de dezembro de 2009, não traz qualquer insegurança jurídica, pois se trata apenas de uma norma de natureza operacional do programa.

2) A referida instrução trata apenas do procedimento para atualização cadastral dos beneficiários que estão no programa há mais de dois anos sem que seus dados tenham sido atualizados pelos municípios, responsáveis por essas atualizações. Esses procedimentos, como acontece em qualquer política pública, estão em permanente processo de aperfeiçoamento.

3) A instrução em nenhum momento relata, nem de “forma velada”, que “em um novo governo as principais diretrizes do programa poderão ser alteradas”, como afirma o jornal. O Programa Bolsa Família é uma conquista dos brasileiros garantida em lei, tem trazido importantes resultados para o Brasil na redução da fome, da pobreza e da desigualdade e é hoje referência internacional.

Aliás, sobre este mesmo tema, outra notícia que não mereceu destaque:

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem (3), em segundo turno, a PEC 47/03, do Senado, que inclui o direito à alimentação como um dos direitos sociais previstos no artigo 6º da Constituição. Até então, o texto constitucional previa como direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados. A inclusão atende a tratados internacionais aos quais o Brasil aderiu, garantindo que as ações de combate à fome e à miséria se tornem políticas de Estado e não estejam sujeitas a mudanças administrativas. A inclusão do direito à alimentação vai garantir a manutenção ou criação de políticas de apoio aos segmentos vulneráveis e também de políticas de combate à miséria.

Fonte: RSurgente

5.2.10

Direita tem nova estratégia para tentar desmontar Dilma Rousseff


Adeus ao método Zé do Caixão

Os jornais da direita brasileira - o denominado Partido da Imprensa Golpista (PIG) - estão começando uma campanha contra a ministra Dilma Rousseff, virtual candidata do presidente Lula à presidência da Republica em 2010. Quem dá a largada é o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, pertencente ao grupo RBS, um dos grandes beneficiários sulinos da ditadura civil-militar que assolou o País de 1964 a 1985.

A abordagem da campanha contra a única candidata da esquerda com vivas chances de vitória parte de uma estratégia oblíqua e por isso sutil e astuciosa. Trata-se de identificar a candidata Dilma como protagonista de cenários de conflito, de situações pregressas de confronto, de perturbações da ordem, de sublevação social, de motim contra o establishment, etc. A idéia é aterrar a classe média e deixar os investidores com as barbas de molho.

A série de reportagens de ZH, denominada "Os infiltrados", publicadas de domingo até ontem (3/2), tem como objetivo isso: reunir elementos objetivos e sobretudo subjetivos que apontem Dilma Rousseff como alguém com um perfil muito próximo de ser considerado como o de uma "terrorista" - na releitura ampla dada ao vocábulo por parte de Bush Jr. e o ultrapragmatismo Neoconservador com viés bélico - fonte na qual dez entre dez jornais brasileiros beberam até a embriaguez.

Em publicidade, essa velha técnica é denominada merchandising editorial (ou tie-in, no jargão norte-americano de publicidade & propaganda). Consiste em diluir o objeto da reportagem, no caso, a desconstrução da imagem da candidata lulista, em uma narrativa com muitos protagonistas, formando um painel abrangente e elucidativo de fatos obscuros ou mal contados pela história recente. O tie-in na publicidade comercial da televisão, por exemplo, é a introdução sutil de uma certa marca de carro na cena onde o mocinho persegue o bandido, ou de um refrigerante na cena doméstica da novela seriada. A força do apelo comercial está precisamente na sutileza e não na ênfase grosseira dos comerciais da publicidade comum.

A técnica da reportagem do tipo tie-in - desfocar para crivar com mais eficácia - está sendo uma das estratégicas do PIG, seus agentes e operadores. Só que ao invés de promover o seu objeto de incidência, como faz a publicidade comercial, no caso do jornalismo ideologizado do PIG, ao contrário, procura rebaixar a sua reputação e prestígio social.

Temos informações seguríssimas que a matéria de Zero Hora é apenas a primeira de outras tantas que estão sendo preparadas pela imprensa direitista brasileira. A revista Veja estaria preparando uma matéria sobre o famoso roubo do cofre do ex-governador Adhemar de Barros, de São Paulo, ocorrido em julho de 1969. A rigor, é a mesma matéria requentada da edição 1.785, de Veja, de 15 de janeiro de 2003. Só que naquela ocasião, o tom do texto era grosseiro, inquisitorial e policialesco, cenas de filme B. Com a nova estratégia tie-in, a matéria deverá ser mais extensa, na forma de um painel (pseudo) histórico, com mais personagens e um tratamento refinado e sutil ao texto.

Será mais para o cinema de Ingmar Bergman do que para o de Zé do Caixão.

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Alguém ainda terá dúvida sobre o caráter orgânico-partidário da grande imprensa brasileira? Um bloco unido, coeso, linha ideológica única, discurso afinado, militância articulada, ações coordenadas, intelectual orgânico de setores da classe média (urbana e rural), classes proprietárias, lúmpen-burguesia, do agronegócio exportador, setores bancário-financeiros, de representantes e associados dos interesses corporativos internacionais, militares com interesses econômicos e negociais, etc.

A prova evidente do caráter partidário da mídia brasuca é a flacidez dos partidos cartoriais tradicionais - PSDB, Democratas, PMDB, PPS, PTB, e outros menos votados.

Quanto mais a mídia faz-se porta-voz potente da direita, mais obsoleta e irrelevante torna a existência das aglomerações parlamentares-eleitorais, que acabam servindo só para registro legal de candidaturas junto à Justiça Eleitoral e valhacouto de lúmpens ascensionais.

Como alguém já disse, acho que foi o Stedile, os parlamentares e políticos profissionais deveriam - em vez de se identificar pelas siglas partidárias - usar jalecos ou macacões (como na Fórmula Um) com as logomarcas dos seus patrocinadores - aos quais dedicam as suas carreiras públicas como zelosos funcionários corporativos subalternos.

P.S.: Recebo nota do leitor Amaury: "Feil, pede aos teus leitores que alguém explique o que significa a frase que dá título à matéria de ZH, 'PM vira cabeludo com jeito hippie para investigar'. O que será que o editor quis dizer?"

Fac-símile da matéria "Os infiltrados", na edição de 01/fev/2010, de Zero Hora, páginas 20 a 22.

Policial da repressão faz apologia da tortura em ZH



Alinhar ao centro
Isto é crime!

As convicções do policial Omar Fernandez são perigosas porque antissociais, anti-republicanas, antidemocráticas e atentam contra os direitos humanos.

Ele está apregoando a prática da tortura como método eficaz (e legal) de condução das coisas do Estado.

A apologia da tortura é crime: Omar Fernandez defende, justifica e elogia a prática da tortura, como agente público que é, e foi durante um período de ditadura no Brasil. Não compete a ele fazer este juízo. Isto é ilegal. Como funcionário público ele deveria saber (e cumprir) os limites de sua competência profissional e legal.

Omar Fernandez está cometendo crime. A prova está no jornal Zero Hora de hoje, página 40 (acima, foto de Ricardo Chaves/ZH).

Com a palavra o Ministério Público.

Fonte: Diário Gauche

4.2.10

“JORNALISMO DE MERDA”




















O Globo Indústria tem pior queda em 19 anos
Valor EconômicoIndústria fecha janeiro com atividade em alta
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Recebemos de um leitor absolutamente qualificado a seguinte avaliação:

“O Globo perdeu a noção de jornalismo há muito tempo e o noticiário de hoje [ontem] sobre queda na produção industrial é um exemplo dos cenários de ficção que vem exibindo na capa, pois a queda, ainda que recorde, não reflete a tendência do momento.
A Folha mostra isso na capa e a maioria da imprensa registrou dessa forma. Mas o Globo vai ao limite de destacar no alto da capa. Só não foi manchete porque encontraram uma viagem mais alucinante, com uma instrução do Bolsa Família. Valor faz o contraponto para expor esse jornalismo de merda, mancheta que a indústria fechou janeiro com atividade em alta.”


Fonte: Cloaca News