Porto Alegre, 10 de janeiro de 2004
A percepção da importância do papel da mídia na sociedade atual, até pouco tempo atrás, estava circunscrita ao meio jornalístico e a alguns setores do mundo acadêmico. Apesar da grande produção teórica a respeito desse tema, essa discussão não mobilizava grande parte da sociedade. Era um assunto de "especialistas".
De uns tempos para cá, começa a se notar uma mudança em relação a esse tema. Em várias partes do mundo, estão começando a surgir grupos dentro da sociedade civil que começam a questionar o poder midiático. A discussão sobre o monopólio da mídia é um fenômeno global.
Trazendo esta questão para próximo de nós, ou mais especificamente para o âmbito do estado do Rio Grande do Sul, deparamo-nos com um episódio recente que, pode-se afirmar, foi um marco no embate entre os interesses da mídia hegemônica e a sociedade. O episódio, ao qual estamos nos referindo, foi a grosseira manipulação da pesquisa eleitoral pelo Grupo RBS na última eleição para Governador do Estado. Este fato desencadeou, espontaneamente, uma reação entre os leitores do jornal Zero Hora, que culminou com o expressivo cancelamento de assinaturas. Pode-se dizer que essa reação foi inesperada e inédita. Era a população indignada, tomando uma atitude frente a falta de ética de um monopólio da comunicação.
Foi nesse contexto que surgiu o Mídi@ética. Usando a Internet como canal de articulação, um grupo de pessoas de diversos segmentos convergiu para o mesmo objetivo de aprofundar a discussão em torno do fenômeno mídia e suas relações com a sociedade e o poder público. No rastro dessas discussões, foram organizadas página na Internet, manifestações, panfletagens, reuniões, palestras, culminando com a participação do Mídi@ética no III Fórum Social Mundial na oficina "Liderança ou monopólio: questões relativas à ética no caso RBS".
Passado esse primeiro momento, o Mídi@ética ficou como uma espécie de referencial para esse tipo de luta, mantendo a memória de um fato que não pode ser esquecido. Além disso, mantém a sua página com diversos assuntos que dizem respeito ao tema mídia.
Com a alteração do quadro político estadual e nacional após as últimas eleições, não se nota nenhuma mudança na relação governo/mídia/sociedade. Se na esfera governo/mídia as coisas estão no mesmo pé, no âmbito da sociedade, observa-se uma certa inquietação. Essa inquietação começa a traduzir-se na
forma de uma percepção, por parte de vários movimentos sociais, de que a mídia precisa ser confrontada.
Esse parece ser o segundo momento desse embate. Sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, ongs e movimentos diversos estão começando a perceber a mídia como um articulador político hostil aos seus interesses, deturpando e criminalizando os movimentos sociais. Como reação a isso, podemos citar a Marcha dos Sem, que recentemente entregou uma Carta Aberta (linkar) à Direção do Grupo RBS, exigindo um tratamento digno aos movimentos sociais. E tudo isso ocorrendo à revelia dos partidos políticos, que parecem não responder aos anseios da sociedade, ou seja, os movimentos sociais estão
tomando as rédeas dessa discussão.
O Mídi@ética , pela sua própria natureza, solidariza-se e se associa a essa nova etapa de uma luta que parece estar começando.
Pela ética na mídia.
Pela democratização da comunição.
Uma outra comunicação é possível!
Mídi@ética.
A percepção da importância do papel da mídia na sociedade atual, até pouco tempo atrás, estava circunscrita ao meio jornalístico e a alguns setores do mundo acadêmico. Apesar da grande produção teórica a respeito desse tema, essa discussão não mobilizava grande parte da sociedade. Era um assunto de "especialistas".
De uns tempos para cá, começa a se notar uma mudança em relação a esse tema. Em várias partes do mundo, estão começando a surgir grupos dentro da sociedade civil que começam a questionar o poder midiático. A discussão sobre o monopólio da mídia é um fenômeno global.
Trazendo esta questão para próximo de nós, ou mais especificamente para o âmbito do estado do Rio Grande do Sul, deparamo-nos com um episódio recente que, pode-se afirmar, foi um marco no embate entre os interesses da mídia hegemônica e a sociedade. O episódio, ao qual estamos nos referindo, foi a grosseira manipulação da pesquisa eleitoral pelo Grupo RBS na última eleição para Governador do Estado. Este fato desencadeou, espontaneamente, uma reação entre os leitores do jornal Zero Hora, que culminou com o expressivo cancelamento de assinaturas. Pode-se dizer que essa reação foi inesperada e inédita. Era a população indignada, tomando uma atitude frente a falta de ética de um monopólio da comunicação.
Foi nesse contexto que surgiu o Mídi@ética. Usando a Internet como canal de articulação, um grupo de pessoas de diversos segmentos convergiu para o mesmo objetivo de aprofundar a discussão em torno do fenômeno mídia e suas relações com a sociedade e o poder público. No rastro dessas discussões, foram organizadas página na Internet, manifestações, panfletagens, reuniões, palestras, culminando com a participação do Mídi@ética no III Fórum Social Mundial na oficina "Liderança ou monopólio: questões relativas à ética no caso RBS".
Passado esse primeiro momento, o Mídi@ética ficou como uma espécie de referencial para esse tipo de luta, mantendo a memória de um fato que não pode ser esquecido. Além disso, mantém a sua página com diversos assuntos que dizem respeito ao tema mídia.
Com a alteração do quadro político estadual e nacional após as últimas eleições, não se nota nenhuma mudança na relação governo/mídia/sociedade. Se na esfera governo/mídia as coisas estão no mesmo pé, no âmbito da sociedade, observa-se uma certa inquietação. Essa inquietação começa a traduzir-se na
forma de uma percepção, por parte de vários movimentos sociais, de que a mídia precisa ser confrontada.
Esse parece ser o segundo momento desse embate. Sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, ongs e movimentos diversos estão começando a perceber a mídia como um articulador político hostil aos seus interesses, deturpando e criminalizando os movimentos sociais. Como reação a isso, podemos citar a Marcha dos Sem, que recentemente entregou uma Carta Aberta (linkar) à Direção do Grupo RBS, exigindo um tratamento digno aos movimentos sociais. E tudo isso ocorrendo à revelia dos partidos políticos, que parecem não responder aos anseios da sociedade, ou seja, os movimentos sociais estão
tomando as rédeas dessa discussão.
O Mídi@ética , pela sua própria natureza, solidariza-se e se associa a essa nova etapa de uma luta que parece estar começando.
Pela ética na mídia.
Pela democratização da comunição.
Uma outra comunicação é possível!
Mídi@ética.
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