30.9.09

DEPUTADO SOBE À TRIBUNA E FAZ PICADINHO DE REVISTA VEJA


Aconteceu ontem, em Fortaleza, na sessão ordinária da Assembléia Legislativa do Ceará. Indignado com o indisfarçável tom de zombaria que a revista Veja emprestou a esta reportagem sobre a cidade de Sobral, o deputado Lula Morais, do PCdoB, ocupou a tribuna daquela Casa e rasgou um exemplar da "indispensável" publicação abriliana, transformando-a quase em confetes. Curiosamente, até mesmo deputados do PSDB manifestaram-se solidários à zanga do colega comunista, repudiando o tipo de jornalismo praticado pelo semanário da famiglia Civita. Segundo os parlamentares, a intenção da matéria é atingir Ciro Gomes, provável candidato à presidência da República. Confira aqui e aqui.
Estamos, agora, tentando contato com a assessoria de Lula Morais para sugerir novas chuvas de papel picado naquele sodalício, com outros títulos. E torcendo para que o exemplo seja seguido nas demais unidades da federação.

Foto: José Leomar-Diário do Nordeste

Fonte: Cloaca News

JUMENTO ADESTRADO DE JORNALIXO INSULTA PRESIDENTE LULA


Estava este Cloaca News a rocegar as águas sempre turvas de nossa imprensa corporativa quando nos deparamos com o instigante título destacado na imagem acima. Constatamos, em seguida, tratar-se de Wianey Carlet, um "cronista esportivo" que, amiúde, "chega todos os dias agitado" ao seu local de trabalho, a saber, a redação do tablóide venal Zero Hora.
Em sua estrebaria digital, ele se apresenta, com muita originalidade, assim: "Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista."
Carlet acaba de criar um desairoso "prêmio" e conferi-lo ao Presidente Luís Inácio Lula da Silva, a pretexto de não concordar com o empenho governamental em fazer do Rio de Janeiro a sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Tudo porque, em seu programa semanal de rádio, Lula disse que "o Brasil faz parte dos 10 países mais ricos do mundo e foi o único que ainda não realizou os Jogos Olímpicos". Inconformado, assim zurrou Carlet, em sua baia eletrônica: "O Lula de hoje esqueceu como é o Brasil. Pensa que atirando migalhas aos famélicos do país, na forma de bolsas, tudo resolveu. É o populismo cego que não vê a fome, a doença e a indigência moral e intelectual se contrapondo aos fantasiosos números que colocam o Brasil entre os 10 países mais ricos do mundo".
Esclarecemos que, em uma das páginas do caderno encontrado pelo Cloaca News em um latão de lixo em frente à sede de Zero Hora, a pessoa identificada pelas iniciais "WC" tem a incumbência de "defender YRC" e de "fazer o serviço sujo p/ queimar PT e Gov. Fed. no RS". Se você der uma lida no texto do muar (clique aqui), vai ver que é muita coincidência.

Fonte: Cloaca News

27.9.09

ZH vampiriza jornal de São Paulo



Jornal da RBS chupa matéria de canudinho e não dá crédito

Com o franco intuito de estimular a desinteligência entre duas lideranças nacionais do campo lulista, a Folha publicou ontem - sábado - matéria onde aponta uma certa disputa entre o deputado Ciro Gomes e a ministra Dilma Rousseff.

Pois, hoje - domingo - o principal jornal da RBS não só copiou a pauta da Folha como o próprio conteúdo da matéria feita pelos repórteres Ana Flor e José Alberto Bombig. E o mais grave é que Zero Hora dominical sonegou o crédito.

Agora, temos uma nova modalidade de jornalismo aqui na província: o jornalismo-vampiro - a extorsão da força e da vitalidade de outra publicação com a finalidade de angariar prestígio e popularidade junto ao seu leitor/consumidor.

23.9.09

OS ESCRITOS SECRETOS ACHADOS NO LIXO DE ZERO HORA



No dia em que o tablóide gaúcho Zero Hora chegava às bancas com uma espetacular matéria acerca de um "novo caderno dos sem-terra", com anotações secretas que revelariam as "estratégias" do MST, a Unidade Roto Rooter de Reportagem deste Cloaca News passava pela rua lateral à sede daquele diário - curiosamente, Rua Zero Hora - quando teve sua atenção chamada por um enorme latão, cheio de embalagens gordurosas de pizza e papéis picados. Estacionamos nosso Cloacomóvel diante do recipiente e, burlando o aparato de segurança daquela organização, recolhemos a esmo o que foi possível. De volta à nossa redação, pudemos, enfim, avaliar todo o papelório. Entre o material recolhido estava um caderno escolar, de capa alaranjada, com 26 páginas escritas à mão, contendo anotações do que parece ser o resultado de uma reunião de pauta daquela gazeta, ocorrida dias antes.
Sob o título "Linhas Gerais", podemos presumir que tratam-se de diretrizes editoriais que valem "p/ ZH, DSM e Pioneiro", ou seja, Zero Hora, Diário de Santa Maria e O Pioneiro, de Caxias do Sul, os três principais veículos impressos do Grupo RBS no Rio Grande do Sul.
Alguns nomes estão grafados por iniciais, como YRC, por exemplo. Coincidentemente, as três letrinhas formam as iniciais da tucana Yeda Rorato Crusius. Há também referência a um certo "P.S.", em que se cobra dele uma "carta bimestral". Verificando o histórico epistolar do colunista Paulo Santana, que vira e mexe troca correspondência com YRC, imaginamos ser este o personagem da anotação.
Clique para ampliar.
Nesta outra imagem (abaixo), sugere-se que "LM" repercuta "RO" e "vice-versa". O tópico trata de uma eventual "sinergia" entre os vários veículos do grupo. "LM" seria Lasier Martins, da Rádio Gaúcha e do Jornal do Almoço, na RBS TV. "RO", ao que tudo indica, é a colunista joão-ninguém de ZH, Rosane de Oliveira.
Outra sigla é "TG", supostamente, o Ministro da Justiça e pré-candidato ao governo estadual Tarso Genro. Pelas instruções editoriais, deve ser atribuída a ele toda a responsabilidade por qualquer "vazamento". Não nos parece, nesse caso, que estejam tratando de problemas hidráulicos.
Bastante elucidativa, igualmente, a página dedicada à cobertura do MST. Amplie.

Tanto quanto o caderno "jogado em uma lata de lixo no estacionamento do Incra", apresentado por Zero Hora, que "permite que a sociedade conheça o que o movimento [MST] pensa sobre assuntos estratégicos", este odorante achado do Cloaca News permite que a sociedade conheça o tipo de jornalismo praticado pela corporação hegemônica, sob o báculo da famiglia Sirotsky, com a cumplicidade de sua devotada matilha.

Fonte: Cloaca News

22.9.09

ZERO HORA MONTA EMPULHAÇÃO COM CADERNO ACHADO NO LIXO

O repórter - e notório plagiador - Humberto Trezzi, do tablóide venal gaúcho Zero Hora, acaba de quebrar seu próprio recorde de sem-vergonhice profissional. No dia em que se completa um mês do assassinato do agricultor sem-terra Elton Brum da Silva pela polícia tucana – sem que o nome do criminoso tenha sido apresentado pelo governo terrorista e corrupto de Yeda Crusius – , a reportagem de capa da gazetinha assinada por ele na edição de hoje, acumpliciada por um certo Maicon Bock, tenta passar aos leitores a idéia de que os dirigentes e militantes do MST “comemoram” a morte do “acampado de Canguçu”, uma vez que o crime deu “nova visibilidade ao movimento”.

Para sustentar a matéria, os autores basearam-se em um suposto “caderno escolar de 26 páginas escritas à mão” que estaria, segundo os jornalistas, “jogado em uma lata de lixo no estacionamento do Incra”. Apócrifas e anônimas, as anotações do suposto caderninho deram aos autores do texto subsídios suficientes para que fossem expostas “as estratégias adotadas pela organização após o episódio” e se revelasse o ” pensamento dos sem-terra sobre a morte de um companheiro”.

Para dar “credibilidade” ao trabalho, a gazetinha apresenta “fotos” de anotações em trechos recortados de algumas páginas do suposto caderno, o que nos remeteu ao indecoroso episódio do falso bilhete apresentado pela polícia de José Serra no recente conflito da favela paulistana de Heliópolis.

Se, na edição de ontem do jornalzinho da RBS, até mesmo a colunista-abelha manifestou, em notinha escondida, alguma indignação pelo “silêncio” das instituições sobre o nome do assassino do “joão-ninguém” Elton Brum, hoje as coisas voltaram à normalidade naquele diário. Como se verá aqui e aqui, Zero Hora inicia a semana dando um banho de jornalismo. Um banho de canequinha, com o líquido recolhido no aterro sanitário das oligarquias desesperadas.


Fonte: Miguel Grazziotin Online

21.9.09

Polissemia

Em sua coluna de ontem, Rosane de Oliveira bem observou que "faz um mês que o sem-terra Elton Brum da Silva foi morto a tiros na desocupação da Fazenda Southall, em São Gabriel (...)".

"Morto pelas costas, sem qualquer chance de defesa", ressaltou a colunista, que considera estranho Brigada Militar e Ministério Público manterem o nome do autor do disparo em segredo.

"Não há explicação plausível para a demora", segundo a colunista:




I. O "silêncio" institucional "sobre a morte do colono" só é capaz de impressionar quem desconhece novos jeitos de governar como o de Yeda Crusius (PSDB). O que, além do silêncio, pode se esperar de um governo acusado, pelo Ministério Público Federal, de integrar uma "societas delinquentium", e isso a fim de deliberadamente perpetrar, "continuadamente, sob diversas formas e com a máxima lucratividade possível", condutas ímprobas, num modus operandi que denota absoluto desprezo pela coisa pública e ausência de limites sobre o certo e o errado? O que esperar, além do silêncio, da
Brigada Militar e do Ministério Público Estadual, instituições aparelhadas politicamente pelo novo jeito de governar de Yeda Crusius?

O silêncio que surpreende La Vieja - e a todos aqueles comprometidos com uma mídia livre e responsável - é, na verdade, o do próprio Grupo RBS, em tese compromissado com esses valores.


Em nenhum momento o jornalismo investigativo de porta de cadeia de Zero Hora quis ir além, especificamente nesse caso do assassinato de Elton Brum da Silva pela Brigada Militar, das informações oficiais. Em nenhum momento.

Que esforço investigativo ZH fez para, por sua conta e risco, obter esclarecimentos
sobre esse assassinato? Que equipe de ZH esteve em São Gabriel a fim de reconstituir os últimos passos de vítima e assassino?

Só quem não conhece jornalismo suporia que, em menos de um dia, uma empresa com os recursos de ZH não poderia ter colhido depoimentos de agricultores sem-terra e dos próprios brigadianos, a fim de esclarecer o mistério em torno do assassinato de Elton. ZH sequer especulou sobre suspeições. Não fez o mais básico do jornalismo investigativo.


E não o fez porque é cúmplice desse silêncio institucional "denunciado" por Rosane de Oliveira, simples assim.


E isso porque, também para ZH, exatamente como afirmou o Cloaca News, Elton Brum da Silva não passa de um joão-ninguém. É só mais um vagabundo insignificante morto em confronto com a Brigada Militar.


A prova disso, além do fato de ZH ter dedicado vinte e uma matérias à investigação do assassinato de Marco Antonio Becker, ex-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), inclusive revelando detalhes sobre a vida dos três principais suspeitos do crime? Apresentá-la é mais fácil do que demonstrar a incompetência de Yeda Crusius como governadora.

Desde o dia do assassinato de Elton, o ex-ouvidor agrário do Estado e ex-ouvidor da Secretaria de Segurança, Adão Paiani, afirma que tanto governo do estado quanto o comando da Brigada Militar já sabem o nome do oficial que efetuou o disparo que vitimou o trabalhador rural. Paiani, que teme que governo e comando da BM estejam ganhando tempo para encobrir as provas e o proteger, encontrando algum soldado que assuma o crime em seu lugar, chegou a afirmar que "se essa conta for debitada a um soldado da Brigada, eu, como filho de um soldado da Brigada, vou apontar o nome do autor do homicídio".


Estranhamente, no entanto, ZH só ouve Paiani quando se trata de legitimar a atribuição de anotações apócrifas e anônimas a integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), papel no qual o ex-ouvidor parece sentir-se muitíssimo à vontade. Em relação ao assassinato de Elton, ZH comprou, sem nenhuma resistência, o pacote que lhe apresentou o novo jeito de governar. Em nenhum momento ZH sequer se referiu à possibilidade de um oficial da BM ser o assassino de Elton Brum da Silva.

É bem verdade que ZH não tem a obrigação institucional de não silenciar, que nesse caso cabe ao governo do estado, à secretaria de segurança pública, ao comando da BM e ao Ministério Público estadual, esse último célere quando se trata de criminalizar movimentos sociais ou elogiar ações dessa mesma BM.

Porém, cabe a pergunta: pode ser considerado como fazer jornalismo sério, independente e comprometido com a verdade ter aceito, sem qualquer questionamento, a versão oficial do assassinato de Elton, principalmente se levarmos em consideração que foi produzida por um governo acusado de corrupção e questionada veementemente por um seu ex-integrante?



II. É absolutamente falsa a tese de que "não há pressão da sociedade pela divulgação do nome do rapaz", donde se seguiria, para a colunista, o "silêncio sobre a morte do colono".

A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, através de seu presidente, deputado Dionilso Marcon (PT), denunciou em plenário que o assassinato de Elton Brum da Silva, pela Brigada Militar gaúcha, teria sido encomendado. A ação em São Gabriel, que culmi
nou com o assassinato do trabalhador rural, teria sido planejada, mas Elton teria sido assassinado por engano. "O sem-terra que deveria ter sido assassinado também é negro. Há uma lista de outras pessoas para serem mortas", afirmou o deputado.

Não se leu uma linha em ZH sobre tal denúncia.

A demora em tornar público o nome do autor do tiro que matou Elton também indignou o deputado Raul Pont. "Não é possível ter um sistema de segurança que compactue com o assassi
nato", frisou o deputado petista, que vê como inaceitável "a cumplicidade, a omissão e a conivência da governadora Yeda Crusius com esse episódio (...)".

Nem ZH e nem Rosane de Oliveira deram atenção ao deputado.

A Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência denunciou a tortura de crianças e o uso de armas de choque elétrico na ação da BM que resultou no assassinato de Elton. No ofício preliminar enviado ao corregedor-geral da Brigada Militar gaúcha, coronel Paulo Porto, a secretaria cobro
u que a apuração da morte de Elton fosse "rigorosa".

Não se leu uma palavra sobre isso nem em ZH e nem da coluna de Rosane de Oliveira.

Toda a blogsofera comprometida com a verdade sobre esse fato tem pressionado pela divulgação do nome do assassino, e isso desde quando ZH pensava que Elton havia sofrido um "mal súbito".

Isso tudo para sequer entramos no mérito da pressão pela divulgação do nome do assassino - ao qual, estranhamente, Rosane de Oliveira se refere como "rapaz" - realizada pelo próprio MST.

Porém, como para Rosane de Oliveira petistas, blogueiros e trabalhadores rurais são socialmente insignificantes, "não há pressão da sociedade pela divulgação do nome do rapaz".

Pressão houve e há, mas ZH jamais se interessou em a reverberar.

Talvez a abelha-rainha do colunismo político guasca esteja esperando que seu
s iguais, como Farsul e Fiergs, manifestem-se e pressionem o novo jeito de governar pela divulgação do nome do assassino.

Rosane de Oliveira leva tão a sério a tarefa de desqualificar previamente a opinião da esquerda e de movimentos sociais que esqueceu, ao defender a falsa tese de que não há pressão social pela divulgação do nome do assassino, da que ela mesma e André Machado, seu colega, exerceram sobre o novo jeito de governar.


Contradições desse tipo não implicam necessária conivência dos referidos jornalistas com a estratégia do governo, mas pelo menos dão uma boa ideia do grau de comprometimento institucional do Grupo RBS com esse silêncio, como sustentamos acima.



III. "não falta quem aplauda a violência contra os sem-terra" porque linhas editoriais como a de ZH criminalizam o movimento que os representa e encontram solo fértil na mentalidade de estância disseminada pela versão oficial da história guasca, em nome da qual lustradores de esporas de todo gênero e classe-média pilchada servilmente pegariam em armas para legitimar a propriedade de latifúndios improdutivos, mesmo que neles sejam tratados como gado.

Teses como a de que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) constitui grupo armado treinado a partir de manuais com instruções de guerrilha, crença irrefletida difundida a partir de sensacionalistas, oportunistas, reducionistas e superficiais reportagens como "Cadernos de Luta do MST" e "Diários revelam estratégias do MST", tendem a alimentar tais aplausos e a legitimar o uso da violência contra os movimentos sociais.

Uma pequena amostra do quanto a criminalização do MST encontra solo fértil na servil e fascista mentalidade de estância guasca nos é fornecida pelo nível dos comentários do leitor-médio de ZH:

O termo "hipocrisia" teria descrito adequadamente a indignação manifestada ontem por Rosane de Oliveira com o silêncio institucional sobre "a morte do colono", mas mesmo assim La Vieja preferiu demonstrar o quanto ZH (i) é cúmplice desse silêncio, (ii) colaborou para que a pressão social pelo seu fim não tivesse repercussão alguma e, por fim, (iii) estimulou a mentalidade que tão bem o acolhe.

Com que autoridade moral, portanto, Rosane de Oliveira pode cobrar alguma coisa da sociedade?

Fonte: La vieja bruja

PARA EDITORA DE ZERO HORA, SEM-TERRA ASSASSINADO ERA UM SUJEITO SEM VALOR


João-ninguém - Indivíduo insignificante, sem importância; sujeito à-toa (Dicionário Eletrônico Aurélio - Século XXI - Versão 3.0)
Fonte: Cloaca News

20.9.09

Relativismo semântico

Nessa quarta, 16, estudantes gaúchos marcharam pela ética na política e na administração pública gaúchas. Zero Hora deu à manifestação de cidadania o seguinte tratamento caricato:



Para ZH, anotou o Diário Gauche, "o exercício pleno da cidadania está subordinado ao livre fluir dos automóveis na via pública".

A vinda do presidente Lula ao estado, a fim de assinar a autorização para o início das obras da Rodovia do Parque, não foi tratada de forma menos desrespeitosa:



O Dialógico resumiu assim o comportamento do jornaleco da Azenha nos dois episódios: "Tudo o que a ZH tem a dizer sobre a manifestação do estudantes, bem como a visita do Presidente é isso: atrapalha ou atrapalhará o trânsito. Todo o contexto em que esses fatos se dão, ou se darão, é abolido".



Hoje, aproximadamente das 13:00 às 15:00, um congestionamento gigante
sco formou-se nas redondezas do Tribunal de Justiça, das chamadas "torres gêmeas" do Ministério Público e do Fórum, principalmente entre o começo da avenida Edvaldo Vieira Paiva, a Beira-Rio, e o final da Aureliano de Figueiredo Pinto, na esquina com a Borges de Medeiros. Quem tentava sair da região pela Loureiro da Silva, a Perimetral, enfrentou dificuldades semelhantes.

Por qual motivo ocorreu esse transtorno no trânsito?


Bem, porque a avenida Beira-Rio foi bloqueda, das 10:00 às 16:00 de hoje, "para os últimos retoques do Desfile Farroupilha", o que inclui montagem de arquibancadas e de um palanque, tudo para Nico Fagundes brincar de Bento Gonçalves ao lado da governadora Yeda Crusius (PSDB):


Ou seja, houve "transtorno" e "congestionamento" no trânsito da capital por conta dos "últimos retoques" do desfile.

Não para Zero Hora, porém.

Que houve é inegável, só que seu problema foi não ter sido causado nem pelo PT e nem por movimentos sociais. Portanto, não houve congestionamento, mas sim bloqueio de avenida para retoques do desfile.

Como se vê, não é preciso fazer nenhum esforço para expor o relativismo semântico de ZH.

Fonte: La Vieja Bruja

Debocha, abelhinha, debocha!


Trilhando um caminho temerário e sem volta

A RBS com a defesa intransigente e a qualquer custo do yedismo está selando em definitivo o seu destino ao da governadora-ré.

Uma opção política que pode fazer mal para a saúde dos seus interesses corporativos.

Fac-símile parcial da página 16 do jornal Zero Hora, edição de hoje.

Fonte: Diário Gauche

16.9.09

Viva a Semana Farroupilha!


Por Antônio Oliveira, Jornalista

Semana Farroupilha é sempre uma convocação à meditação. Lembrar nossos históricos ídolos e suas façanhas. Uma reavaliação daquilo que fomos, do que somos e fazer projeções. É importante que façamos isto sem ressentimentos e com consciência e responsabilidade cívicas. Sempre com o foco no aprimoramento das instituições democráticas para o bem da coletividade e para o aprofundamento das relações de respeito entre os humanos.

Um exame da nossa história dos séculos passados e mais recente mostrará feitos memoráveis em todas as áreas, literatura, artes, imprensa, inclusive a desportiva, por que não? E a desportiva é importante até que se destaque para evitarmos no futuro episódios lamentáveis como o ocorrido recentemente, em que a memória da torcida gremista foi traída ao formar uma seleção de todos os tempos, deixando de lado Airton Ferreira da Silva e Alcindo Martha de Freitas, para citar só duas das maiores injustiças, já que alguns lembraram até de um tal de China.

Quem é esperto já deve ter notado que estou despistando para não mostrar nas primeiras linhas o caminho por onde e o lugar onde quero chegar. Vivo os tempos atuais e é nele que meus pensamentos se debatem diariamente. Não é possível lembrar nossos heróis de outros tempos sem sentir a falta que eles nos fazem nos dias atuais.

Temos num caso só e recente dois exemplos de fatos que a sociedade gaúcha lamenta e deixa margens para pensarmos até que aqueles gaúchos de faca na bota, honrados, do qual tanto nos orgulhamos, já não existem mais. Viraram pura ficção. Areia voando no deserto.

Podem até me recriminar, dizendo que propriedades são invadidas no Estado e ninguém faz nada, e então, só para complicar, eu perguntaria quem são os donos originais destas terras, mas não há Cristo que me justifique um assassinato de alguém a tiros, pelas costas. E executado por alguém que, justamente ao contrário, deveria proteger aquele que teve, de maneira estúpida e covarde, sua voz calada a balas.

Refiro-me ao sem terra, sem nada, só com esperança e coragem, Elton Brum da Silva. Morto, dia 21 de agosto, em São Gabriel, por um soldado da Brigada Militar (nos quartéis todos são soldados, do raso ao coronel, ao almirante, ao brigadeiro, ao general) que não devia estar portando arma letal naquele momento. Imaginem se os comandantes da Brigada Militar de antigamente, de outros tempos, deixariam de divulgar e mandar prender imediatamente um soldado que matasse alguém irresponsavelmente como foi o caso. Impossível de imaginar, claro. Já houve tempos em que os comandantes da Brigada Militar eram justos e respeitavam os gaúchos que lhes pagam os salários. E os Pedro e Paulo desfilavam na minha rua, na Vila do IAPI, e até tomavam café nas casas das pessoas.

Neste mesmo caminho, levanto outra questão, justamente na área em que atuo, o jornalismo. Lembro de outras épocas em que nos orgulhávamos dos jornalistas do Rio Grande do Sul. Pelas suas competência, criatividade, coragem e desprendimento. Lembramos com saudades das histórias de João Batista Aveline disfarçado de funcionário dos Correios para buscar uma denúncia sobre fardos de correspondências que eram jogados no lixo em vez de serem distribuídos aos seus destinatários. De Sérgio Caparelli tendo dificuldades para sair do Hospício São Pedro depois de passar alguns dias internado lá para fazer matéria denunciando os maus tratos que sofriam os doentes mentais internos.

Recentemente, até Giovani Grizotti andou passeando dentro dos prédios da Secretaria de Segurança Pública para mostrar que ali não havia nenhuma segurança. Fardado de brigadiano, passou por todas as portarias sem que alguém lhe pedisse uma identificação ou lhe impedisse a passagem.

É por isso que não entendo a razão de até hoje (um dia depois do 20 de setembro completará um mês) um só jornalista não ter publicado o nome deste brigadiano assassino. Imagino que isto não teria acontecido em outros tempos. Garanto que em 24 ou 48 horas, o nome dele já estaria publicado na imprensa. E não vou citar nomes de jornalistas que atuam hoje, e que poderiam fazer a coisa certa, mas não o fazem, para evitar constrangimentos. Em tempos muito mais rudes, sob a ditadura militar, de um dia para o outro denunciamos o nome de um delegado de polícia torturador que exagerou no castigo (um caldo) a um jovem enteado seu e o matou.

São estas as razões que me levam a crer que não se fazem mais gaúchos heróicos, sérios e honrados como antigamente. Na Polícia e no Jornalismo. Por isso, a Semana Farroupilha tem que ser cada vez mais prestigiada, festejada, para revivermos os heroísmos do passado. Talvez um dia recobremos a hombridade, a vergonha na cara. Viva a Semana Farroupilha ! E vejam que eu escrevi tudo isto e em nenhum momento citei a palavra corrupção.

Charge: Santiago

Fonte: RSurgente

Barriga editorial de Zero Hora

A edição desta quarta-feira do jornal Zero Hora traz um editorial comemorando o fim da censura contra O Estado de S. Paulo. Só que isso não é verdade. Ontem (15), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal apenas afastou do processo o desembargador Dácio Vieira, amigo da família Sarney. Não houve julgamento da liminar impetrada pela defesa do jornal para poder publicar o conteúdo das investigações da chamada operação “Boi Barrica”. Basta ver que o site do Estadão ainda ostenta, nesta quarta-feira, a tarja “47 dias Sob censura”.

O próprio Estadão publica matéria, cujo título é: “TJ declara juiz suspeito, mas mantém censura ao ‘Estado’. O texto afirma:

O desembargador Dácio Vieira, que proibiu o Estado de publicar reportagens sobre operação da Polícia Federal a respeito da família Sarney, foi afastado do processo pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Segundo a decisão, Vieira não tinha mais isenção para continuar no caso, do qual era relatar, já que criticou o jornal ao ser questionado pelos advogados do Estado sobre sua suposta amizade com os Sarneys. Os pares de Vieira não aceitaram a exceção de suspeição pelo alegado vínculo do desembargador com os Sarneys. Se essa exceção de suspeição tivesse sido aceita, a publicação de reportagens estaria liberada. Mas, como Vieira perdeu a isenção somente depois de ter tomado a decisão contra o jornal, a censura está mantida e terá de ser analisada pelo novo relator.

Fonte: RSurgente

As razões para o impeachment de Yeda Crusius

Os principais jornais gaúchos vêm se dedicando com afinco a esconder da população os fatos e as razões que embasam o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB). Esse comportamento editorial escandaloso beira a cumplicidade com o grupo acusado de formar uma quadrilha para roubar dinheiro público. A linha geral do que vem sendo publicado até aqui consiste em destacar que o pedido não tem chances de prosperar, pois o governo tem maioria na Assembléia. Basicamente isso. A divulgação da admissibilidade do impeachment foi totalmente obscurecida, com um esforço especial em neutralizar os fatos que embasaram a decisão do presidente Ivar Pavan (PT).

É fundamental que a população seja informada desses fatos, que se dividem em três eixos principais (as informações a seguir foram distribuídas a todos os jornalistas que cobrem a Assembléia, editores e colunistas de política):

1) A governadora sabia dos acontecimentos no Detran

No processo de montagem do governo, foi mantido o esquema que teve origem no governo Germano Rigotto (PMDB). Conforme investigações do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e depoimento à sindicância na Procuradoria Geral do Estado, diversas manifestações de envolvidos diretamente no processo se referem ao conhecimento e participação da governadora. Na CPI do Detran, em 2008, o ex-presidente do Detran, Flávio Vaz Netto, disse que não fez nada que não fosse do conhecimento da governadora, razão pela chegou a arrolá-la como testemunha de defesa.

A própria governadora, em entrevista de rádio no dia 17 de abril de 2008, corrobora esta afirmação, ao referir seu conhecimento acerca das mudanças no Detran e até mesmo da participação de Lair Ferst e suas empresas. Da mesma forma, a gravação realizada pelo vice-governador Paulo Feijó com o então Chefe da Casa Civil, César Busatto, testemunha o conhecimento da governadora em relação aos procedimentos adotados no Detran.

Continue a leitura no blog RSurgente.

As censuras e interdições de ZH


Informação com viés de neurose-classe-média

Renunciando à condição de se constituir como um espaço público democrático e participativo, o jornal Zero Hora opta por fazer o papel de grande censor da sociedade de massas. Ao fazê-lo, adota a personalidade política e a consciência social mais rebaixada e egocentrada.

Se comporta como o sujeito neurótico, classe média endividado, libido deserta, casamento de aparência, filhos e mascotes perturbados, borderline etílico, proprietário parcelar de um automóvel alienado às financeiras, cuja amortização se completará somente no ano 2013, dezembro - isso se não houver acidentes de percurso no emprego precário, na saúde da família (incluindo a sogra) e na economia como um todo.

A manifestação de estudantes pela ética na política e na administração pública do Rio Grande do Sul - onde a governadora é ré de um processo judicial provocado pela investigação de um roubo subestimado em 44 milhões de reais - é vista pelo ângulo menos relevante, o eventual transtorno passageiro no trânsito (de automóveis) da cidade.

Para ZH, o exercício pleno da cidadania está subordinado ao livre fluir dos automóveis na via pública.

Se a manifestação da cidadania estiver criando problemas ao livre trânsito dos carros, interdite-se a cidadania e liberem-se os automóveis! - este é o mandamento do jornal rebessiano.

Fonte: Diário Gauche

Confiança mundial na mídia é a mais baixa da história


Matéria publicada hoje no New York Times e comentada pelo jornalista Luis Nassif revela que a confiança na mídia é a mais baixa da história: apenas 29%. Confira outras informações reveladas pela publicação norteamericana:

* 63% consideram as reportagens imprecisas contra 29% que ainda julgam que a mídia em geral procura chegar à verdade dos fatos.

* em 2007 – última pior marca – a proporção era respectivamente de 53% e 39%;

* 74% consideram que a mídia toma partido nas matérias sobre questões políticas e sociais;

* 74% também consideram que a mídia muitas vezes é influenciada por interesses poderosos;

* o maior percentual negativo é entre eleitores democratas. Aumentou de 43% para 59% o percentual dos que consideram as matérias imprecisas; e de 54% para 67% os que consideram que a mídia toma partido.

Para ler a matéria na íntegra(na versão em inglês) clique aqui.

Fonte: Aldeia Gaulesa

13.9.09

Transparência de resultados: quanto a mídia gaúcha está recebendo do governo Yeda?

Em março deste ano, o jornalista Sérgio Bueno, do Valor Econômico, publicou uma matéria tratando do aumento dos gastos em publicidade do governo Yeda Crusius (PSDB). A reportagem afirmou:

“Fustigada por mais uma onda de turbulência política, provocada por denúncias de corrupção e embates com o funcionalismo estadual, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), decidiu reagir com investimentos pesados na imagem de sua administração para tentar virar o jogo a seu favor. O plano será sustentado por um orçamento de R$ 93 milhões para publicidade neste ano, um crescimento de 560% em comparação com os R$ 14 milhões gastos na área em 2008, conforme informações do Palácio Piratini”.

Entre outras coisas, o plano do governo Yeda definia, em março, campanhas publicitárias semanais em emissoras de rádio e televisão e em outdoors para mostrar à população “o que o governo está fazendo”. De lá para cá, a crise política só aumentou e o governo segue apostando na publicidade como uma forma de “melhorar sua imagem”.

As grandes empresas de comunicação têm como um de seus esportes preferidos denunciar a ineficiência da máquina estatal e criticar os gastos públicos. No dia 3 de setembro, o jornal Zero Hora publicou um editorial intitulado “Gastos em alta”, onde critica a política de gastos públicos do governo federal. Entre outras coisas, o editorial diz: “O país não pode dar-se a liberalidade quando se trata do uso de recursos públicos. A máquina pública, da mesma maneira que seu eventual e indesejável inchaço é mantida pelo esforço da sociedade”.

Outro esporte preferido dessas empresas é afirmar a transparência e a independência como valores definidores de sua atuação.

Essa transparência não se aplica, porém, quando se tratar de informar o público de quanto dinheiro recebem graças à publicidade estatal. Neste caso, vale a “liberalidade no uso de recursos públicos” e a sociedade não tem o direito de conhecer a relação entre a linha editorial desses veículos e os recursos que recebem via publicidade. Em seu site institucional, a RBS promete uma “relação transparente com todos os públicos”. Mas essa transparência não se aplica no tema da publicidade. Por outro lado, a empresa “considera fundamental proporcionar a seus clientes a certeza de que o benefício oferecido é superior às outras opções de mercado”.

O governo Yeda, conforme dados do próprio Palácio Piratini, está gastando milhões de reais em publicidade. Estará obtendo o benefício esperado?

Nos últimos dias, multiplicaram-se relatos e resmungos confidenciais de jornalistas intrigados com o comportamento editorial de seus veículos. Ninguém fala publicamente, obviamente. A prioridade é assegurar o emprego. Neste momento, os valores da transparência e da independência que essas empresas afirmam seguir ficam trancados em uma caixa preta, juntamente com os números da publicidade. O público não tem acesso a esses números e não pode saber até que ponto a injeção publicitária está contaminando a linha editorial.

Um levantamento preliminar dos números apresentados no portal da Transparência do governo do Estado revela que, de 2008 até hoje, a RBS Zero Hora Editora Jornalística, a Caldas Junior e o Jornal O Sul receberam mais de R$ 1 milhão do governo do Estado. O valor exato é R$ 1.034.881,30, assim distribuídos:

RBS/Zero Hora: R$ 552.102,58
Caldas Junior: R$ 339.737,02
O Sul: R$ 143.041,70

Esses números são apenas parte do todo. Considerando os gastos com publicidade anunciados pelo próprio governo, as campanhas publicitárias em horários nobres de TV e a especificação das rubricas (no portal) dos gastos com empresas de comunicação (a maioria refere-se a “assinatura de periódicos e recortes”), os valores são, na verdade, muito maiores. Segundo o portal da Transparência, o governo gastou, em 2009, mais de R$ 1,6 milhão com “divulgação promocional ou institucional”. Sete agências de publicidade aparecem como destinatárias desses recursos: Matriz, CPL, DCSNet, Dez Propaganda, Escala, Publicis e SLM. O portal não informa quanto cada veículo recebeu em publicidade. O orçamento de publicidade para o ano, cabe lembrar, é de R$ 93 milhões.

As mesmas empresas de comunicação que mantém esses números sob sigilo não se cansam de cobrar transparência nos gastos e receitas de movimentos sociais (MST em especial) e sindicatos. Quantas vezes Lasier Martins e outros “comunicadores” já cobraram dos dirigentes da CUT e do CPERS, por exemplo, quanto as entidades estão gastando em outdoors que criticam o governo Yeda e de onde vem o dinheiro?

Pois bem, quanto dinheiro os grandes grupos de mídia do Estado estão recebendo do governo Yeda? A população que lê jornal, ouve rádio e vê televisão não tem direito de saber? Por que essa informação é mantida em sigilo?

É fácil saber de onde vem o dinheiro de uma fábrica de pregos. Ela precisa vender pregos, simplesmente. No caso das empresas de comunicação, o produto principal é a informação. Quanto é mesmo que está custando a informação?


Fonte: RSurgente

RBS segue afirmando que "não existem fatos novos"



Editorial de Zero Hora continua dando linha política para o discurso yedista

Jornal da RBS afirma em editorial que "o Rio Grande assiste a debates sem grandeza".

O diário da família Sirotsky queria o quê?

Falar sobre o pântano administrativo do governo tucano, mas num tom grandiloquente? Falar no pântano moral do yedismo e aliados, mas num tom ufanista? Falar da lama pública de um proclamado "novo jeito de governar" da direita guasca, e fazê-lo com retórica gongórica e afetada?

Desapareceram 44 milhões de reais dos cofres públicos estaduais (talvez seja muito mais, algo dez vezes mais) e não foi ninguém. Pelo menos um dos réus - Lair Ferst - está apontando que a governadora é suspeita de ter coordenado a distribuição de propina entre os meliantes, e para o jornal da RBS continua não havendo "fato novo".

Entre o fato e a ficção, a RBS e seus veículos está optando pela ficção. No gênero do realismo fantástico, ainda que fake.

Acima, parciais do fac-símile do editorial de ZH, edição de hoje.
Fonte: Diário Gauche.

O toque de midas midiático

Notaram que nenhuma pauta do governo Federal teve reflexo positivo para os barões da mídia? Na questão do pré-sal a mídia deitou e rolou dando mais espaço sobre o tema aos lobistas das grandes petroleiras estrangeiras e questionando se tem petróleo mesmo, do que acreditar nos técnicos da Petrobras. Sobre a compra dos caças para a FAB e o reaparelhamento das forças armadas dão preferência aos adidos americanos que agora que perderam afirmam que vão "transferir" tecnologia para nós (ahahahhahacofcofcof). A questão dos índices de produtividade da terra também virou pauta nacional do agronegócio - nunca pagaram suas contas com o governo Federal e todo ano rolam sua dívida- contra o governo (cana, eucalipto e soja) , deixando de lado a agricultura familiar (os verdadeiros produtores, responsáveis por 60% dos alimentos produzidos e consumidos no Brasil). Mas como todo mundo come eucalipto, a mídia garante o espaço para aqueles que mandam e desmandam no Brasil a mais de 500 anos. Na realidade o que está acontecendo é um toque de Midas ao contrário para a mídia. Tudo o que o governo Lula fizer a partir de agora vai virar M.... e tudo que o PSDB não fizer ou fizer de errado será descartado ou virará ouro. Hoje (11), o Grupo guapo de mídia saiu na defesa de Yeda, em seu editorial, afirmando que o impeachment carece de provas (ahahahahahahahaaha). Bem ! isso já é uma piada, pois até os minerais sabem quem está no Palácio Piratini.

Blog: Tomando na Cuida

9.9.09

O cru e o cozido do jornalismo-estupor


A ignorância midiática está aumentando

A qualidade do texto nos jornais brasileiros sempre foi ruim. Com a decadência de sua hegemonia, as tiragens e o faturamento em queda, tudo se precipita, se agrava, se degrada, se achata. A vulgaridade vira norma.

Vejam a manchete acima do jornal Zero Hora, edição de hoje. O principal diário do grupo RBS garante ter havido uma "chuva histórica" em São Paulo.

Como assim?

Vamos separar as coisas para compreendermos melhor o tamanho e a profundidade da burrada rebessiana.

A chuva - até expressão contrária da ciência e dos elementos - pertence à ordem Natural. A história pertence à ordem Cultural. Os conceitos das ciências naturais não dão conta dos conceitos das ciências humanas e culturais. Misturá-los, é trabalhar em erro grave.

A ciência define que o homem se separou da Natureza quando acertou que o incesto é proibido e quando conseguiu distinguir o cozido do cru. Neste preâmbulo da vida social, constituídas essas leis universais - que todos reconhecem e acatam - o homem funda a sua própria ordem de existência - separando-se da Natureza - e inventando a Cultura. Agora, para além da sua constituição física e biológica, os homens são capazes de projetar a própria existência simbólica, a sua cultura. Com isso, se destacam da vida animal e passam a se verem como humanos, portadores de Cultura, capazes de atribuírem à realidade novas significações, através da palavra, do trabalho, da memória, da tridimensão do tempo, e pela valoração das coisas e dos outros homens.

Desde então, o homem vem narrando a sua existência na Terra, seja no que diz respeito à Natureza, seja quanto à Cultura. À essa bidimensionalidade narrativa do humano em movimento se dá o nome de História.

Portanto, a chuva - qualquer intempérie - não tem história. Quem tem história, quem porta a história e significa as transformações são os homens, somente estes.

Já se vê que os editores de ZH estão comendo cru. E não é quibe ou bife Tartar.

Fonte: Diário Gauche

Os caricaturistas do grafite


Do álbum de fotos de Damião Lopes, via Sátiro-Hupper.

6.9.09

Sindicato dos Jornalistas inicia campanha contra oligopólio de informação



O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina batizou de Primavera Quente a série de atividades em defesa do diploma para o exercício da profissão de jornalista e contra os oligopólios de mídia.
A primeira foi no dia 3 de setembro de 2009 na Esquina Democrática, em Florianópolis, com o lançamento de um abaixo-assinado e de um texto explicativo para a população sobre os problemas provocados pela concentração de meios de comunicação em SC, com ênfase no caso do Grupo RBS.
O objetivo é que o abaixo-assinado circule em todo o Estado e seja anexado à Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Federal contra o oligopólio praticado pela empresa gaúcha.