Publicidade quer pegar carona na popularidade do presidente Lula
O jornal serrista, Folha de S. Paulo, de hoje, chama a atenção para um fenômeno recente da publicidade brasileira, a exaltação do governo federal, tentando pegar carona na popularidade do presidente Lula. Vejam:
Empresas aproveitam a popularidade do presidente Lula e o momento econômico favorável para fazer do governo seu garoto-propaganda.
Ambev, GM, Bradesco, Vale e Embratel produziram comerciais de televisão recentes enaltecendo a firmeza do país na crise, a capacidade de superação dos brasileiros, a harmonia entre o público e o privado e a relevância do país no mundo.
O Brasil é o país "da iniciativa privada em equilíbrio com o setor público", diz a campanha televisiva "Presença", do Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro.
"Há dez anos, quem poderia imaginar a gente emprestando dinheiro para o FMI?", lembra o anúncio televisivo do carro Aprile, da Chevrolet/GM.
"A crise foi passageira", avisa comercial da maior siderúrgica do mundo, a Vale. "O Brasil vive um momento de ouro", exalta o comercial da Brahma, marca da Ambev. [...]
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A matéria da Folha esqueceu de apontar a adulação feita semana passada pelo jornal Zero Hora, do grupo RBS de Porto Alegre (ver fac-símile acima, publicado na página 45 da edição de 19/11/2009, quinta-feira última).
Durante a ditadura civil-militar - de 1964 a 1985 - o exercício da adulação ao regime por parte da publicidade das empresas privadas foi prática corrente. Em especial durante o governo Médici (1969-1974), quando o país atingiu taxas de crescimento econômico expressivas e houve forte investimento estatal. Paradoxalmente, foi o período de maior repressão dos governos ditatoriais originados do golpe de 1964.
Fonte: Diário Gauche
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