A mídia corporativa é um museu de tragédias. “O Drama com final trágico” é a manchete da edição de 18.10.2008 de Zerolândia, do PRBS (Partido Rede Brasil Sul de Comunicação). “Segurança Pública - A receita paulista contra a Violência” é a matéria das páginas de Polícia de Zerolândia, em 20 de janeiro de 2008, assinada por Etchim com fotos de Fotonaldo. Uma matéria enaltecendo a política de segurança pública do José Serra, do PSDB. Poderíamos produzir uma grande seqüência sobre o tema violência e a receita paulista, mas preferimos: ENTENDA MELHOR CLICANDO AQUI.
AQUI, A PORRADA TAMBÉM CORRE SOLTA
As fotos de são de Eduardo Seidl. Os movimentos sociais, no Rio Grande do Sul, são tratados como nos tempos da ditadura. Este é o final da Marcha dos Sem, da última quinta-feira.ROSTOS DAS VÍTIMAS DA POLÍCIA
O fotógrafo parisiense, que se indentifica como JR, mudou a paisagem no morro da Providência, no Rio de Janeiro, estampando o rosto de vítimas da violência policial em painéis gigantescos nas fachadas das casas.O sociólogo Francisco de Oliveira concedeu uma entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, publicada em página inteira na edição de 19.10.2008.
FOLHA - Apesar da sua provável derrota em São Paulo (acrescentamos, provável em Porto Alegre), o PT continua sendo o partido que mais cresceu no país. Em 2004 o sr. escreveu que isso mostrava o envelhecimento de um partido nascido para reformar o país. O sr. ainda mantém essa opinião: o PT foi engolhido pelo atraso ou o atraso que se modernizou?
OLIVEIRA - Eu acho que o PT, como força transformadora, foi engolido pelo atraso. Qual é a modernização que existe aí? É uma modernização de políticas sociais que são políticas de ajustamento, não são políticas sociais transformadoras - elas se ajustam à realidade. O Bolsa Família é uma política de ajustamento, uma política conformista. E isso reflete essa situação um tanto ambígua de uma classe que não é classe, desse enorme exército informal que representa mais de 50% da força de trabalho. Então, o PT foi engolido pelo atraso. A modernização das políticas sociais é uma regressão da classe para a pobreza, enquanto o movimento histórico vai da pobreza para a classe. A extensão das políticas sociais é uma regressão da classe para a pobreza; elas são políticas para os pobres.”
“Recodermos a etimologia, mais uma vez, que faz com que trabalho derive de tripalium, um instrumento de tortura, explicando com clareza o que seria preciso achar de toda a atividade laboriosa e assalariada, se estivéssemos submetidos, os punhos atados aos pés, as épistémés que, no dizer de Foucault, resultam do ódio do corpo e jubilam co todas as atividades que permitem a castração, a contenção, a rentenção, a suspeição no lugar, da carne, dos desejos e dos prazeres. A religião do trabalho fez do desempregado um mártir. O fervor que ela existe e os sacrifícios que espera transformam os solicitantes de um emprego em pecadores e em penitentes que podem obter o perdão e a salvação à medida que merecem e receberem uma redenção à custas das impassibilidade e da submissão às necessidades das leis, se não da fatalidade, pelo menos de um mercado que faz reinar seu terror por meio da penúria organizada do trabalho no lugar da partilha. Considera-se ainda que um outro modo de repartição diminuiria as penas coletivas dos que sofrem de um excesso de trabalho e dos que penam por não tê-lo.” (Página 79 do livro “A política do rebelde - tratado de resistência e insubmissão”, de Michel Onfray, editora Rocco).
Fonte: Blog Ponto de Vista
Um comentário:
po,dimais o trabalho,podemos trocar ideias?manda um email pragente contato@milkshakebox.com valeu =D
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