18.10.08

Corretora de Armínio Fraga compra 12,6% do grupo RBS


Fraga é o que Marx chamava de “economista vulgar”

John Kenneth Galbraith (1908-2006), um respeitado economista liberal-burguês, diga-se de passagem, também tinha uma opinião sobre os “economistas vulgares” (Marx) de mercado, talvez mais apurada e atualizada que a do velho Karl.

O grande escritor e economista keynesiano dizia que essa gente não pode ser levada a sério. Apresentam-se como especialistas na mídia, estão em todo o lugar e hora dando pitaco sobre macroeconomia, tendências, política de gastos públicos, etc. Minutos depois apanham um telefone e vão operar com altas e arriscadas jogatinas financeiras, com dinheiro... dos outros. Invariavelmente, estão combinados com jornalistas bem posicionados na grande mídia, que são seus porta-vozes nas orientações mais convenientes – não para a sociedade – mas para seus próprios interesses especulativos e de fração de classe.

Galbraith certamente não conheceu o senhor Armínio Fraga Neto, mas traçou um figurino que cabe à perfeição no perfil do ex-presidente do Banco Central (1999-2003), na gestão do professor Cardoso, justamente quando o Brasil quebrou. Fraga, antes disso, foi diretor-gerente do fundo de George Soros, o maior especulador do planeta. Hoje, ele tem a corretora que acaba de comprar parte da RBS, e é membro do Conselho de Administração do Unibanco.

A RBS, hoje em ZH, se apressa em dizer que não haverá nenhuma modificação editorial na linha jornalística da empresa. Uma pessoa ligada a Armínio Fraga Neto fará parte do Conselho de Administração da RBS.

A notícia não informa o montante de recursos injetados pela corretora na empresa midiática, limitando-se a dizer que significa o equivalente a 12,6428% do capital da RBS Comunicações S/A.

Fonte: Diário Gauche

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