17.9.08

A imaginação

Fonte: Pontodevista
“Escreve Luis Araquistáin que ‘o espírito consevador, na sua forma mais desinteressada, quando não nasce de um egoísmo inferior, mas do temor ao desconhecido e ao incerto, no fundo é falta de imaginação’. Ser revolucionário ou renovador é, deste ponto de vista, uma conseqüência de ter mais ou menos imaginação. O conservador rechaça toda idéia de mudança por uma incapacidade mental para concebê-la e aceitá-la. Este caso, naturalmente, é o do consevador puro, porque a atitude do conservador prático, que acomoda seu ideário à sua utilidade e comodidade, tem, sem dúvida, uma gênese diferente.
O tradicionalismo e o conservantismo ficam assim definidos como uma simples limitação especial. O tradicionalista só é capaz de imaginar a vida como ela foi. O conservador só é capaz de imaginá-la como ela é. O progresso da humanidade, por conseguinte, realiza-se malgrado o tradicionalismo e apesar do conservadorismo.
Há vários anos, Oscar Wilde, no seu original ensaio A alma humana sob o socialismo, disse que ‘progredir é realizar utopias’. Pensando de modo análago a Wilde, Luis Araquistáin acrescenta que ’sem imaginação, não há progresso de nenhuma espécie’. E, na verdade, o progresso não é possível se a imaginação humana sofresse subitamente um colapso.
A história dá sempre razão aos homens de imaginação.” (abertura do ensaio “A imaginação e o progresso”, do livro “Por um socialismo indo-americano”, de José Carlos Mariátegui, editora UFRJ)
A SOCIEDADE NÃO APÓIA PORRA NENHUMA

Este título é uma sacanagem. Reforça a subjetividade proposta pelo PRBS. Vamos repetir a abertura da matéria que não deixa de ser resultante de um critério de escolha, proposital: “assassinatos cometidos por esquadrões da morte, policiais e milícias CONTARIAM (contariam) COM APOIO significativo DE PARTE (de parte) DA SOCIEDADE BRASILEIRA e as MEGAOPERAÇÕES REALIZADAS PELAS POLÍCIASdefendidas pelo PRBS) brasileiras simplesmente não SERVEM PARA NADA.
Este título é uma canalhice. O editor desta matéria tem diploma. E daí? As informações (selecionadas), desta abertura, possibilitariam pelo menos uns três títulos diferentes. Por exemplo: Megaoperações policiais não servem para nada. Tem ou não diferença.
Parte significativa” não é indicativo de que a “SOCIEDADE APÓIA VIOLÊNCIA POLICIAL”. O problema é que a resposta do Estado está equivocada (…)

“Segundo a Onu, policiais em serviço são responsáveis por uma proporção SIGNIFICATIVA ( e não todas) as mortes no Brasil.”









“Para piorar, consta que a política (ou é a POLICIA? estranho esta troca) está intimamente envolvida com o crime e conta com um esquema de proteção para evitar ser investigada pelos assassinatos.”
Esta preciosidade, da sacanagem, é da edição de hoje, de Zerolândia, página 51. O relatório deve apontar questões muito mais interessantes do que as escolhidas (propositadamente) pelo PRBS. E, assim mesmo, no quadro final temos:




O que possibilitaria um título bem porrada. Jornalismo é subversão. Zerolândia é um LIXÃO. O problema central não é a defesa do diploma, mas a impunidade de quem faz este showrnalismo, criminoso. O PRBS, opera constantemente, com os padrões de manipulação por ocultação, fragmentação, inversão e indução. Zerolândia é uma coleção destes padrões. Estes padrões de manipulação, uma tipologia proposta por Perseu Abramo, são aplicáveis ao showralismo dos diplomados. São especializados na sacagem.



EM PLANO INCLINADO



“Já não se pode dizer que a economia mundial está longe de qualquer crise. O caráter generalizado da desestablização das economias em redor do globo vem se agravando cada vez mais e sobressaltos no desenvolvimento da crise da economia mais importante do mundo, a norte-americana, repercutem sobre os países atrelados ao seu desenvolvimento, como o Brasil, por exemplo. O simples temor de uma desvalorização ou de mudanças bruscas nas bolsas de outros países fizeram os investidores (…)” A edição de julho do jornal “Causa Operária” publicou duas páginas sobre o que estaria para acontecer com a economia. O título da matéria: “Uma nova etapa da crise do capitalismo mundial adiante”.
Os trotskistas são bons nas análises internacionais.

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