23.1.10

A largada na temporada de bandalheiras 2010, no RS



RBS decreta o fracasso da Fase e sugere business com terreno urbano de 160 milhões em Porto Alegre

Atuando como vanguarda política do modelo administrativo de inspiração lúmpen no estado, o jornal Zero Hora, edição de hoje, decreta o fim do complexo da Fase (ex-Febem).

O jornal da família Sirotsky, que também controla uma grande empresa de incorporação imobiliária (a Maiojama), não por acaso, garante que a Fase é o "símbolo de um modelo fracassado de reabilitação de adolescentes infratores".

O partido dos Sirotsky, cujo braço de combate e militância é o jornal ZH, está dando a linha política à sua base de deputados na Assembléia Legislativa, onde tramita o Projeto de Lei 388/2009, que autoriza o Executivo a vender, permutar ou alienar o terreno de 74 hectares onde está sediada a Fase/RS.

Se o complexo da Fase "é um fracasso" - sempre segundo ZH - logo, nada mais natural do que vender a valiosa área pública a quem possa dar à mesma destino mais nobre: condomínios de luxo com vista privilegiada do Guaíba em área com todos os equipamentos urbanos já instalados e à disposição dos futuros adquirentes endinheirados. O jornal-partido do lumpesinato engravatado do RS sequer cogita que o alegado fracasso da Fase não tenha nada a ver com a mina de ouro no qual está localizada, cujo valor está estimado em 160 milhões de reais. O partido ZH prefere jogar a água suja do banho com a criança dentro.

De resto, o PL 388/2009, de iniciativa do Executivo, não oferece nenhuma alternativa para o aperfeiçoamento da instituição Fase, todas as suas mazelas e insucessos - o descumprimento continuado das diretivas e orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - são resultantes de problemas territoriais e de localização, tão-somente. Parece que basta vender o terreno milionário da Fase que todos os seus problemas estarão resolvidos. Como é que nenhum outro governante não teve esse estalo de Vieira antes? A governadora Yeda é de fato um gênio do ECA e da administração pública como um todo!

No final, a matéria de ZH acaba comprometendo gravemente o deputado petista Fabiano Pereira, dizendo-o "favorável à iniciativa", ou melhor dito, à bandalheira-mãe de todas as bandalheiras de 2010.

Com a palavra, pois, o deputado Fabiano Pereira (PT-RS), já duvidando que ele seja passageiro voluntário do trem lúmpen da governadora Yeda e o conglomerado partidário-midiático-imobiliário RBS.

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