27.1.10

FSM: A mudança de quem resiste as mudanças


O oligopólio midiático regional noticia a 10 edição do Fórum Social Mundial - FSM - com indisfarcável desconforto e má vontade. Como não pode declarar extinto o evento, procura pautar o balanço dos seus resultados. Toda a cobertura está centrada nas mundanças do FSM, explorando ao máximo divergências e possíveis disputas com o governo Lula. Os objetivos são claros: dizer que o FSM é que mudou e, se possível, indisponibilizar ao máximo seus participantes com o governo Lula.

Mas, basta um breve exercício de memória para inverter a pauta e conferir a incrível mudança que o baronato regional da mídia foi forçado a fazer para tratar do tema. Poderíamos até realizar uma oficina ou debate no FSM para fazer um balanço das mudanças da mídia corporativa em relação ao Fórum.

Inicialmente apresentado como um encontro dos "contra", dos retrógrados e ultrapassados, o oligopólio midiático regional chegou a combater sua presença em Porto Alegre. Em outras edições o FSM foi acusado de falta de democracia, de não propiciar o debate com outras posições, de não ser propositivo, de estar em crise de identidade, etc...

Contudo, o fato é que nem a mídia corporativa consegue mais esconder o grande sucesso do FSM. As principais criticas e análises do FSM, especialmente em relação ao sistema financeiro e a questão ambiental, se mostraram desagradavelmente corretas e seus principais contrapontos (vide Davos e Fórum da Liberdade, por exemplo), estão indiscutivelmente desgastados e com suas agendas políticas desmoralizados. Assim, resta ao baronato midiático recorrer ao velho "modus operandi" tão bem retratado na charge do talentoso Kayser abaixo:




Fonte: O Partisan

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