A partir das 18h30, acompanhe aqui a cobertura ao vivo do debate “Monopólio da RBS”, direto da livraria Letras e Cia, em Porto Alegre. Os debatedores serão Dagmar Camargo (Coordenadora do Conselho Regional de Radiodifusão Comunitária) e Cristina Feio de Lemos (Membro da Comissão Estadual de Organização da Confecom RS e representante do Sintrajufe/CUT.
O debate também pode ser acompanhado pelo Twitter do Jornalismo B.
Vai começar o debate “O monopólio da RBS”, direto da livraria Letras e Cia. Cristina Feio fez feio e faltou ao debate. Mas Dagmar Camargo (Coordenadora do Conselho Regional de Radiodifusão Comunitária), vai fazer sua exposição e abrir depois para perguntas.
Cris lembrou que há duas semanas tivemos uma Audiência Pública, em Canoas, discutindo o monopólio da RBS. Dagmar começa sua fala.
Dagmar lembra que o MP de SC entrou com uma ação contra a RBS quando da compra do jornal A Notícia pelo grupo.
Dagmar explica a representação contra a RBS que resultou na Audiência Pública da qual a Cris falou.
Dagmar fala dos documentos que pediram sobre as outorgas e as empresas de televisão e também de rádio. Demorou para receber esses documentos, e a audiência foi convocada logo após recebê-los. Dagmar explica que uma emissora pode operar apenas seis meses com outorga vencida. Fala de rádios da RBS com outorga vencida desde 1997.
Dagmar está falando sobre como as concessões foram distribuídas, em sua grande maioria na época de José Sarney. Lembra uma coluna de Juremir Machado, que disse que foi ao Maranhão ver como estava a crise do Senado, e lá não tinha crise. Porque todos os jornais, as televisões e as rádios eram da família Sarney e de aliados.
Dagmar explica que os veículos da RBS têm CNPJ diferentes, por isso não são legalmente caracterizados como monopólio. Mas lembra que essa prática, em qualquer outra área, seria formação de quadrilha, pelo uso de laranjas.
A entrevista que demos antes do debate, vai para o ar no canal 30 da TV aberta e 32 da net, no sábado, às 13h, com reprise às 20h. A entrevista foi para uma reportagem sobre a liberdade de expressão nos dias de hoje, vinculada aos 41 anos do AI-5.
Dagmar fala da lei de mídia da Argentina, que deve ajudar a democratizar a informação, com a divisão do espectro de TV e rádio.
A cobertura do debate também pode ser acompanhada através do Twitter do Jornalismo B (http://twitter.com/jornalismob)
Dagmar reclama que a grande mídia não divulga os espaços de discussão de movimentos sociais e de contestação. E, quando divulga, as informações aparecem todas erradas.
Fala da criminalização dos movimentos sociais pela grande imprensa, em especial da RBS. Lembra também os elogios de Luiz Carlos Prates à ditadura militar. “Claro, ele tinha uma carteira da RBS, podia entrar onde quisesse”.
“O Brasil saiu de uma ditadura militar para uma ditadura da mídia, pois as verdades que são construídas hoje são todas contruídas pela mídia”.
“Perdemos uma grande oportunidade de democratizar a comunicação com a digitalização da televisão” – Dagmar Camargo
Amanhã, aqui no Jornalismo B, a cobertura completa do debate de hoje, sobre o monopólio da RBS, com as fotos do evento e nossa análise.
“Tentamos criar meio de controle, com os Conselhos de Comunicação” – Dagmar Camargo
Esse é o último debate que o Jornalismo B promove neste ano. Durante todo 2009, promovemos mensalmente discussões sobre temas importantes do jornalismo e da mídia brasileira.
Dagmar Camargo fala dos problemas da TVE, emissora pública gaúcha que está sendo privatizada pelo governo Yeda. O prédio da TVE vai à leilão, pois o dono quer vender e o Estado, que teria prioridade, não mostrou interesse. “Enquanto Yeda não investe na TVE, coloca um monte de dinheiro em propaganda através da RBS”.
“Tudo o que os empresários querem é a desregulamentação, que está acontecendo cada vez mais. Nós queremos a regulamentação, o Estado tem que exercer certo controle para democratizar a mídia” – Dagmar Camargo
Cris pergunta de que forma esse monopólio se manifesta no conteúdo que chega ao cidadão. “Há toda uma ideologia pela qual eles conseguem transformar os fatos. A vítima é o policial que deu o tiro pelas costas” – Dagmar Camargo
“A solução é fazer o que está prevista na Constituição, com o equilíbrio entre os sistemas público e privado” – Dagmar Cardoso.
Platéia comenta a omissão de informações, Dagmar fala dos direitos de resposta, inexistentes na realidade.
Dagmar fala sobre a importância que a grande imprensa teve na questão do zoneamento ambiental no Rio Grande do Sul, quando apoiou as empresas de celulose e priorizou a questão econômica em detrimento da ambiental.
Dagmar diz que quem deve fiscalizar o monopólio é a Anatel. “Para fiscalizar rádios comunitárias eles são muito bons” – Dagmar Camargo
“Segundo a Anatel, nem existe monopólio no Brasil” – Dagmar Camargo
Platéia pergunta sobre atuação da Conrad, e Dagmar diz que realiza seminários, visita rádios comunitárias…não age mais por falta de verba.
Platéia pergunta sobre valorização das rádios comunitárias pela sociedade. “As nossas rádios passam de 50% de audiência no primeiro ano, e de 80% no segundo. É por dar o microfone para as pessoas falarem e se verem ali. As pessoas não se enxergam nos grandes meios” – Dagmar Camargo
“A RBS não tem nenhum programa de direitos humanos e ganha prêmios de direitos humanos promovidos pela própria RBS” – Dagmar
Cris encerra o debate, agradecendo a Letras e Cia e a Dagmar Camargo. Dagmar agradece, diz que esses espaços de debate são importantes.
Amanhã, aqui no Jornalismo B, a cobertura completa do debate de hoje.
Aplausos, acabou.
Fonte: JornalismoB
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