A superioridade civilizatória dos jornalões
Recebo nota de Castor Filho, que está sempre de olho no PIG internacional, digamos assim:
É sempre com certa surpresa que leio notícias traduzidas pelos jornalecões nacionais. Hoje o Meireles, com "news" do Barrionuevo do NYT, e do Langellier do Le Monde, me incentivou a fazer os comentários que se seguem.
Há nas traduções um quê de "condescendência", ou mesmo "vá lá que seja" que não está explícito no texto na língua original. Não vejo neste fato uma falha do tradutor(a), mas uma constatação da mão do editor na "tradução". Melhor dizendo, há uma certa "maldade" na tradução que não é aparente no texto original.
'Tá certo que o Langellier (Le Monde) expressa um certo pedantismo ou mesmo uma "superioridade civilizatória" nas suas reportagens. Aliás, coisa tipicamente francesa, que se nota mais ainda quando trata de assuntos políticos das colônias.
Às vezes, os repórteres/colunistas dos jornais lutécios [parisienses] fazem isso até com reportagens ou artigos sobre políticas internas ou externas dos EUA (para consumo do público francês). Só que, hoje, os papéis estão invertidos, as colônias dos EUA são os europeus em geral e a França de Sarkozy em particular. Os franceses já perceberam isso, mas seus jornais ainda não.
Já o Barrionuevo (NYT) é meramente um "informante interessado". O ódio explícito nutrido pelo ex-latino americano ao Chávez aparece em todas as suas notícias. Se ele fizer uma reportagem sobre "sexo das lagostas em Marte" ele vai fazer, com todo o empenho e certeza, a inefável e constante crítica ao Presidente Chávez. Segue à risca a receita de quem o paga. Isso se coaduna perfeitamente com o texto que interessa à FSP, membro efetivo das Organizações Serra de Comunicação e Propaganda Política Ilegal, panfleto atado ao esquema demo-tucano. Quer dizer: os interesses de "informar" aos leitores norte-americanos coincidem com os interesses de "informar" o leitor/eleitor brasileiro. O nome correto disso é desinformação.
No geralzão, o que vemos/lemos, descontadas as nuances linguísticas, é uma total pasteurização dos textos, independente da língua e o caráter do articulista/repórter. O fenômeno da pasteurização/uniformização da notícia ocorre em toda a mídia ocidental. Incluo, também nesse rol, os repórteres e articulistas ditos de esquerda. Todos, com raras exceções.
Só algumas pessoas que sempre enviam mensagens e traduções para a rede castorphoto, nem preciso citar nomes, tem a preocupação de buscar fontes de informação fora da mídia ocidental. Fato que proporciona a anteposição política como informação mínima.
Hoje, nem sempre consigo fazer isso, dei uma lida/passada na maioria dos jornalecões nacionais unicamente para ler artigos traduzidos. Originais e traduções, é lógico. O Globo, JB, Zero Hora, Jornal de Minas, C. Brasiliense, etc. quando não repercutem traduções de seus co-irmãos, simplesmente copiam as mesmas traduções. É padrão. Até vou enviar esta observação ao Venício Lima (CM e OI) e ver se ele se interessa em fazer pesquisa a respeito. [...]
Fonte: Diário Gauche
Recebo nota de Castor Filho, que está sempre de olho no PIG internacional, digamos assim:
É sempre com certa surpresa que leio notícias traduzidas pelos jornalecões nacionais. Hoje o Meireles, com "news" do Barrionuevo do NYT, e do Langellier do Le Monde, me incentivou a fazer os comentários que se seguem.
Há nas traduções um quê de "condescendência", ou mesmo "vá lá que seja" que não está explícito no texto na língua original. Não vejo neste fato uma falha do tradutor(a), mas uma constatação da mão do editor na "tradução". Melhor dizendo, há uma certa "maldade" na tradução que não é aparente no texto original.
'Tá certo que o Langellier (Le Monde) expressa um certo pedantismo ou mesmo uma "superioridade civilizatória" nas suas reportagens. Aliás, coisa tipicamente francesa, que se nota mais ainda quando trata de assuntos políticos das colônias.
Às vezes, os repórteres/colunistas dos jornais lutécios [parisienses] fazem isso até com reportagens ou artigos sobre políticas internas ou externas dos EUA (para consumo do público francês). Só que, hoje, os papéis estão invertidos, as colônias dos EUA são os europeus em geral e a França de Sarkozy em particular. Os franceses já perceberam isso, mas seus jornais ainda não.
Já o Barrionuevo (NYT) é meramente um "informante interessado". O ódio explícito nutrido pelo ex-latino americano ao Chávez aparece em todas as suas notícias. Se ele fizer uma reportagem sobre "sexo das lagostas em Marte" ele vai fazer, com todo o empenho e certeza, a inefável e constante crítica ao Presidente Chávez. Segue à risca a receita de quem o paga. Isso se coaduna perfeitamente com o texto que interessa à FSP, membro efetivo das Organizações Serra de Comunicação e Propaganda Política Ilegal, panfleto atado ao esquema demo-tucano. Quer dizer: os interesses de "informar" aos leitores norte-americanos coincidem com os interesses de "informar" o leitor/eleitor brasileiro. O nome correto disso é desinformação.
No geralzão, o que vemos/lemos, descontadas as nuances linguísticas, é uma total pasteurização dos textos, independente da língua e o caráter do articulista/repórter. O fenômeno da pasteurização/uniformização da notícia ocorre em toda a mídia ocidental. Incluo, também nesse rol, os repórteres e articulistas ditos de esquerda. Todos, com raras exceções.
Só algumas pessoas que sempre enviam mensagens e traduções para a rede castorphoto, nem preciso citar nomes, tem a preocupação de buscar fontes de informação fora da mídia ocidental. Fato que proporciona a anteposição política como informação mínima.
Hoje, nem sempre consigo fazer isso, dei uma lida/passada na maioria dos jornalecões nacionais unicamente para ler artigos traduzidos. Originais e traduções, é lógico. O Globo, JB, Zero Hora, Jornal de Minas, C. Brasiliense, etc. quando não repercutem traduções de seus co-irmãos, simplesmente copiam as mesmas traduções. É padrão. Até vou enviar esta observação ao Venício Lima (CM e OI) e ver se ele se interessa em fazer pesquisa a respeito. [...]
Fonte: Diário Gauche
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