23.6.09

Miriam Leitão mente no ‘Bom Dia Brasil’

Do blog do Eduardo Guimarães, Cidadania.com:



No vídeo acima, comentário de Miriam Leitão sobre a criação de 131 mil empregos em maio último – os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O comentário foi feito na edição desta terça-feira do “Bom Dia Brasil”.

Segundo Leitão, estamos mal. Ela opina que deveríamos ter criado 190 mil empregos no mês passado, segundo a média dos últimos dez anos para o mês de maio. Ou seja, a analista econômica global pega todos os meses de maio de 1999 até hoje e divide por dez.

Faltou informar que, se a média for calculada só durante o governo Lula, será muito maior, e que se for calculada só no segundo mandato de FHC, será muito menor do que 190 mil empregos. Vejam:


FHC

Maio de 1999 – 97.182

Maio de 2000 – 162.837

Maio de 2001 – 161.898

Maio de 2002 – 155.813



LULA

Maio de 2003 – 140.313

Maio de 2004 – 291.822

Maio de 2005 – 212.450

Maio de 2006 – 198.837

Maio de 2007 – 212.217

Maio de 2008 – 202.984

Maio de 2009 – 131.557



Conclui-se, então, o seguinte: a média de empregos criados no mês de maio durante o segundo mandato de FHC, foi de 122.432 empregos, e durante o primeiro mandato de Lula, foi de 210.855 empregos.

Estamos falando quase do dobro de empregos do segundo mandato do tucano para o primeiro mandato do petista. Ou seja: ao misturar o fim do governo FHC com o governo Lula, Leitão faz parecer que a forte criação de empregos que se vê no Brasil desde 2003 começou na era tucana.

Mas a questão nem é essa. O grande problema (para usar um termo leve) da fala de Leitão na tevê é que ela mentiu descaradamente ao dizer o seguinte:



E, ao todo, desde a crise, o Brasil perdeu 800 mil empregos nos primeiros três meses, até janeiro, e criou 180 mil nos últimos quatro meses.



Miriam Leitão mente. Nos últimos quatro meses, o Brasil não criou 180 mil empregos coisa nenhuma. Criou 281.754, ou seja, cerca de cem mil empregos a mais do que disse a analista econômica da Globo. Vejam os números do Caged de fevereiro para cá:



Fevereiro de 2009 – 9.179

Março de 2009 – 34.818

Abril de 2009 – 106.200

Maio de 2009 – 131.557



Leitão mentiu para milhões de telespectadores. Não dá nem para dizer que foi um engano. Eu que não sou nem jornalista, nem economista, nem apresentador de tevê, soube que o número de 180 mil empregos de fevereiro a maio era mentira assim que ela o proferiu.

Como se vê, está valendo até mentir para o público na tentativa estúpida de fazê-lo acreditar que o Brasil não está dando um show de competência diante do mundo em meio à maior crise econômica dos últimos oitenta anos. Para mim, isso é desespero de causa.

Se quiser ir ao blog de Leitão para protestar, clique aqui .

Leitão se retrata


Miriam Leitão pôs a seguinte nota em seu blog:



Alguns leitores comentaram que existe um equívoco nos dados de geração de empregos referentes aos últimos quatro meses. E eles têm razão. Foram gerados cerca de 280 mil postos nesse período, e não 180 mil. O número de 180 mil refere-se à geração de empregos nos cinco meses, o que desconta uma queda de 100 mil em janeiro. Fica aqui a correção.



Ela se retratou depois de ter sido desmascarada aqui. Bem, mas e como ficam os milhões de telespectadores que ela desinformou na Globo hoje pela manhã? Será que na próxima edição do “Bom Dia Brasil” ela irá reparar o “engano”? E como é possível uma “sumidade” como Leitão se enganar dessa forma se eu, um simples comerciante, pude detectar a farsa no exato momento em que foi proferida?

21.6.09

MP de Santa Catarina processa a RBS

No meio do turbilhão de discussões e brigas sobre a obrigatoriedade do diploma para jornalista, pessoas que acreditam lutar contra as mesmas práticas colocam-se em lados opostos. O resultado disso é que questões que nunca foram discutidas de verdade continuam deixadas de lado. Estudantes se mobilizam para protestar contra a decisão do STF, mas por que eles não estavam nas ruas ou em qualquer lugar gritando contra os oligopólios na comunicação ou contra emissoras de rádio e TV que operam com concessão vencida? Defendem o diploma e calam contra essas distorções em defesa de seus empregos?
Pois um veículo que publica sempre reportagens de qualidade é a Revista Adverso, ligada ao Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs). E a Adverso, em sua edição de junho, traz uma bela reportagem sobre um assunto em relação ao qual não se ouve qualquer gritaria, qualquer sussurro que seja. O Ministério Público de Santa Catarina está processando a RBS por formação de oligopólio de comunicação no Estado. O assunto não é novo – a ação foi ajuizada em novembro de 2008 –, mas é preciso lembrar que temos outras discussões a fazer além do diploma, e a reportagem, com entrevista com o autor da ação, acaba de sair, em um momento em que a RBS acaba de lançar um jornal em Canoas e, diz a reportagem, planeja a aquisição de três novos diários no interior do Rio Grande do Sul.
A matéria é de Naira Hofmeister, e é delineada através de declarações do procurador da República no Estado de Santa Catarina, Celso Três. Faltam declarações da RBS, o que não chega a descaracterizar a informação. A reportagem, através das falas de Três, faz um panorama muito claro da situação, sem meias palavras, demonstrando por A mais B a situação clara de ilegalidade em que se encontra a RBS, além dos prejuízos que isso traz à sociedade em relação à qualidade e à pluralidade de informações que esta recebe, além do prejuízo político que uma voz com domínio tão ostensivo causa aos Estados em que atua.
O fato de os veículos do grupo usarem familiares e laranjas como donos oficiais não anula o caso, segundo Três. Além disso, há desrespeito à Constituição Federal que afirma que 30% da programação das emissoras deve ser local, quando o próprio site da RBS afirma que 85% da grade é destinada a Rede Globo. Não há regulamentação para esse artigo, “a legislação está trancada no Congresso – o que é uma vergonha”, como diz Celso Três. Mas isso não invalida a possibilidade de a justiça estabelecer esse critério.
A reportagem traz ainda outros dados e informações sobre a situação do grupo RBS em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, apresentando diversos lados em que as leis, a moralidade e a ética são descumpridas.
A expectativa é que a ação seja julgada até o fim do ano. Me parece improvável que a RBS seja punida – o pedido é que o grupo abra mão de um de seus cinco diários que circulam em SC e de quatro entre as seus emissoras de TV do Estado. Ainda assim, é fundamental que essa discussão seja feita, que a classe se mobilize – o que nunca vi acontecer – que os Sindicatos, as Associações, os estudantes e todos os que gritam a favor ou contra o diploma percebem que, debaixo do nosso nariz, existem aberrações como essas e parem de pensar apenas em seus empregos. Pensem na comunicação do país e na função que o jornalismo deveria cumprir, e em como se pode chegar a melhoras nesse sentido. Jornalismo não pode ser apenas uma profissão, um emprego. Precisa cumprir uma função social, caso contrário não tem razão de existir.

19.6.09

Uma afronta ao Estado de Direito

Ministério Público de Santa Catarina processa grupo RBS por formação de oligopólio de comunicação no Estado. No Rio Grande do Sul, a organização acaba de lançar um jornal em Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre, depois de expandir a operação da Rádio Gaúcha para a frequência FM. Apesar da negativa da empresa, desde o início do ano rola um boato de que o grupo iria comprar outros três tradicionais veículos do interior.

Por: Naira Hofmeister para ADufrgs

O parabéns a você para a RBS de Santa Catarina foi cantado pelo rei Roberto Carlos, estrela da festa de 30 anos da empresa no Estado, comemorados no dia 16 de maio. O apagar das velinhas, no entanto, pode ser bem menos animado e é esperado para o final do ano. Através de uma Ação Civil Pública, o Ministério Público Federal de Santa Catarina pede que o Grupo RBS abra mão de um dos seus cinco diários que circulam no Estado e escolha apenas duas, entre as seis emissoras da RBS TV regional. “Ainda esse ano podemos ter uma sentença. Porque essa ação tem instrução, ela se prova”, acredita o procurador da República no Estado de Santa Catarina, Celso Três.

A acusação é por formação de oligopólio. “É um conceito da ordem econômica, mas se aplica aos meios de comunicação porque suprime empregos, mexe no mercado local”, justifica. Com um agravante, sublinha o procurador. “Nesse caso, a concentração atinge o Estado Democrático de Direito porque bloqueia a garantia de ampla expressão e informação do cidadão. Só é possível haver múltiplas interpretações dos fatos da vida social a partir da pluralidade de órgãos de comunicação. O que não acontece em Santa Catarina”, acusa.

A ação foi ajuizada em novembro de 2008, mas o inquérito consumiu dois anos da rotina de Celso Três. A decisão de processar o grupo foi tomada em 2006, quando a RBS comprou o tradicionalíssimo jornal A Notícia, instalado há mais de 80 anos no município de Joinville. “Foi a gota d’água”, relata Três. “Todos os jornais de Santa Catarina são da RBS: A Notícia, Diário Catarinense, Jornal de Santa Catarina e Hora de Santa Catarina. Excetuados, é claro, os minúsculos, locais, sem qualquer expressão de rivalizar com a RBS”, sustenta a peça jurídica assinada por ele e outros três procuradores da República.

Apesar disso, nem o Ministério das Comunicações nem o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenam a compra do jornal A Notícia. Eles aceitaram o argumento da empresa, de que os veículos estão em nome de pessoas diferentes. “Os proprietários são da família Sirotsky e existem alguns laranjas. Mas se os veículos trazem a mesma manchete – ou transmitem a mesma programação – está caracterizado o oligopólio. É absurdo dizer que não!”, revolta-se Celso Três.

A certeza do procurador fica explícita na nomeação dos réus no processo. São treze ao todo – União, Cade e apenas duas pessoas físicas. Os demais citados são pessoas jurídicas, proprietárias das emissoras e jornais. Os responsáveis pelos CNPJs, no entanto, são todos ligados à família. A única exceção é Moacir Gervazio Thomazi, antigo proprietário de A Notícia.

Citado nominalmente, o presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky é também o responsável por quatro veículos que respondem à ação. Outras duas pessoas da lista compartilham seu sobrenome: Denise e Marcelo, que respondem respectivamente pelas emissoras da RBS TV em Criciúma e Joinville. Já as televisões de Chapecó e Joaçaba estão representadas por Eduardo Magnus Smith, diretor executivo de desenvolvimento de negócios do Grupo RBS.

Além de pedir a devolução do jornal A Notícia ao dono anterior – ou sua venda para um grupo independente da RBS - o processo foca a concessão de radiodifusão, que é uma outorga pública. O Decreto-Lei nº 236, publicado em 1967 estabelece que nenhuma empresa ou pessoa pode ter mais de dez emissoras de televisão em todo o território nacional. A RBS possui 18, apenas de canal aberto. Também impede a concessão de mais de duas por Estado – só em Santa Catarina o grupo mantém seis canais locais que transmitem a programação da RBS TV, além do Canal Rural e a TV Com, que só abrange Florianópolis. “Isso é lei desde a época dos militares”, justifica Três.

Constituição desrespeitada

“A maior rede regional de TV do País conta com 18 emissoras distribuídas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com uma cobertura que atinge 790 municípios e mais de 17 milhões de espectadores nos dois estados. Possui 85% da grade de programação da Rede Globo e 15% voltada ao público local”. Essa é a descrição que o site do Grupo RBS dá para a Rede Brasil Sul de televisão, a RBS TV. É um tiro no pé. Isso porque a Constituição Brasileira determina que 30% da programação de rádio e TV devem ser locais.

Regulamentado ou não, o artigo é o argumento que o procurador da República utiliza na peça jurídica. “Já que a legislação está trancada no Congresso - o que é uma vergonha - queremos que a justiça estabeleça esse critério. Porque quando se fala em programação local, estamos falando em direito de expressão do cidadão”, justifica o procurador da República.

Celso Três admite que modificar – ou fazer cumprir - a legislação não é uma tarefa fácil. “Tem que ter coragem para fazer isso. Cabe ao presidente da República fazer um pronunciamento em rede nacional, explicar para sociedade. Vai ter muita emissora que vai criticar, é claro. Os 30% são razoáveis, ainda sobra 70% da grade para a programação nacional. Isso enseja a diversidade”.

Empresa é um partido político

Para além do poderio econômico que uma empresa do tamanho da RBS (veja quadro abaixo) detém, uma das maiores preocupações do Ministério Público de Santa Catarina é com a pressão política que o grupo pode exercer. “Uma situação é você ter a televisão, ser transmissora da Globo - e todo mundo sabe que o País só assiste à Globo. Mas bem mais grave é você ter a Globo, os jornais e as rádios. Porque os veículos se somam. Isso se chama propriedade cruzada e catapulta o posicionamento político”, critica Três.

O texto da Ação Civil Pública cita um exemplo bem conhecido dos gaúchos: a manipulação de pesquisas eleitorais. O documento traz até uma referência ao ocorrido no pleito gaúcho de 2002, no qual concorriam Tarso Genro (PT) e Germano Rigotto (PMDB) - e vencido por este último. A divulgação de pesquisas com percentuais muito diferentes daqueles verificados nas urnas, que indicavam ampla margem do peemedebista, gerou o cancelamento de 25 mil assinaturas de Zero Hora. A campanha obrigou a RBS a pedir desculpas publicamente através de um editorial publicado em Zero Hora. “No episódio eleitoral, uma das instituições [que executam pesquisas encomendadas pela RBS], embora tenha registrado corretamente o vencedor do pleito no Rio Grande do Sul, errou gravemente na diferença percentual entre os votos dos dois candidatos”, admitiu na época em editorial na Zero Hora, o presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky.

No caso catarinense, o beneficiado é colega de partido de Rigotto e, assim como ele, saiu vencedor do pleito. “Na ultima eleição ao governo do Estado de Santa Catarina, o Grupo RBS encetou uma ação de sinergia em prol de Luiz Henrique da Silveira”, lê-se na peça jurídica, que a seguir, descreve a seqüência de eventos. No primeiro turno, os jornais da RBS juravam que Luiz Henrique estava eleito, sem a necessidade do segundo confronto – “fato desmentido nas urnas”, aponta o procurador. No segundo turno, as pesquisas veiculadas pela RBS indicavam uma vantagem de 20% do candidato sobre seu oponente, Espiridião Amim (PP). A diferença na apuração foi de 5,42%. “Doutrinada à exaustão a vitória de uma candidatura, a tendência do eleitorado, especialmente o indeciso, é aderir à vencedora”, denuncia a peça jurídica. “Quando se diz que é a RBS quem governa o Estado, que ela faz e tira o governo, é nesse sentido. Aí o governador que se opõe a um grupo como esse, é derrubado”, complementa Três.

No Rio Grande do Sul, Canoas é a bola da vez

Na mesma semana em que comemorou seus 30 anos em Santa Catarina, a RBS lançou o semanário Mais Canoas, que vai circular às sextas-feiras encartado em Zero Hora e no Diário Gaúcho. A tiragem prevista é de 25 mil exemplares mas dependendo da competência do departamento comercial, deve aumentar. Canoas é o segundo maior PIB do Rio Grande do Sul. A cidade tem um diário editado pelo Grupo Sinos, que já atua na região há 50 anos.

A julgar pelas práticas relatadas em Santa Catarina, é bom os executivos do Grupo Sinos começarem a se preocupar. No estado vizinho, a RBS praticou dumping, que é a taxação de preço abaixo do valor de mercado. No caso, a venda de exemplares do jornal Hora de Santa Catarina - de caráter popular - “por reles R$ 0,25” de acordo com a Procuradoria da República - para concorrer com o Notícias do Dia, do grupo Record. “À concorrência, resta quebrar ou vender-se a RBS”, alerta o texto jurídico.

E no litoral catarinense, para “combater” o Diarinho - jornal de Itajaí com 30 anos de existência, que utiliza uma linguagem sarcástica e tem leitores fiéis - a RBS pressionou uma rede de supermercados para não expor os exemplares nos caixas. “A empresa também faz negociações com os anunciantes, de reduzir o valor pago caso não anunciem em outros diários”, complementa Três.

Em 2008, o grupo incorporou a Rádio Metrô FM, a preferida dos pagodeiros de Porto Alegre. Depois de substituir os programas e comunicadores tradicionais pelos da casa – nesse caso, a rádio Cidade, principal concorrente da Metrô – a RBS simplesmente extinguiu o veículo. Agora, o espaço 93,7 do dial FM é ocupado pela Gaúcha, exatamente a mesma programação de AM. “O que não entendemos é como a concessão de radiodifusão, que é pública pode ser simplesmente adquirida por uma opu outra empresa”, questiona coordenadora regional do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação, Claudia Cardoso.

E além dos quatro jornais que já mantém no estado, a RBS agora está de olho em três novos diários tradicionais do Interior. A empresa nega o interesse, mas no início do ano chegou a visitar as redações de O Nacional, de Passo Fundo, Agora, de Rio Grande e o Informativo de Lajeado.

Por uma mídia mais democrática

Cinco artigos da Constituição Brasileira tratam sobre a proibição da formação de oligopólio ou monopólio na comunicação. Apesar disso, o setor, ao lado das indústrias de chocolate, bebidas e pasta de dente, lidera o ranking de concentração do mercado brasileiro. “O lobby das empresas de mídia é muito forte e por isso, mesmo depois de 20 anos de sua publicação, esses artigos não foram regulamentados”, lamenta Claudia Cardoso.

Depois de anos articulando com governos, os movimentos sociais conseguiram marcar a data da primeira Conferência Nacional da Comunicação. Vai ser em dezembro. “Vivemos num país que tem mais televisões do que geladeira. É preciso reestruturar a comunicação, e capacitar o público para a crítica”, defende.

A idéia é combater o discurso uníssono, contra o qual não há voz suficientemente forte que tenha eco. Como a criminalização dos movimentos sociais pautada pela imprensa conservadora do Brasil. A reportagem de ADverso constatou que as charges dos jornais Zero Hora e Diário Catarinense do dia xx de abril eram idênticas em seu conteúdo, ainda que as assinaturas fossem de dois cartunistas diferentes. Coincidentemente, os desenhos ironizavam o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, um dos grupos que freqüentemente acusam a mídia de patrulhamento ideológico. “Em Santa Catarina chegamos a ter a mesma manchete em mais de um jornal. Idêntico! A ótica do Ministério Público é a proteção do direito à informação do cidadão. Isso é inerente à pluralidade - não existe diante de um órgão oligopolista”, avalia Celso Três.

Quem é a RBS

Faturamento em 2006: R$ 825 milhões

Lucro líquido em 2006: R$ 93 milhões

18 emissoras TV aberta (afiliadas da Globo)

2 emissoras de TV comunitária

1 emissora de agronegócio

25 emissoras de rádio

8 jornais diários

4 portais na internet

Editora RBS Publicações

Gráfica

Gravadora Orbeat Music

Empresa de Logística ViaLog

Empresa de marketing para público jovem Kzuka

Participação em empresa de móbile marketing

Fundação de Responsabilidade Social

14.6.09

CENAS QUE GOSTARIAMOS DE VER!


MAS PORQUÊ 45 ANOS...

QUEM SABE 45 MESES

OU 45 DIAS

OU MELHOR AINDA:45 HORAS!!!!!!


Fonte: Guerrilheiros Virtu@is
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NÓS TAMBÉM GOSTARÍAMOS DE LER ESSA MATÉRIA!!!!!!!!!!!!!

Zero Hora não dá crédito de matéria


“Imprensa livre” surrupia material de agência estatal sem dar o crédito devido

O jornal Zero Hora, do grupo RBS, estampa hoje matéria com entrevista produzida pela estatal Agência Brasil e omite os créditos devidos.
Já o diário paulistano Folha de S. Paulo, traz a mesma matéria produzida pela estatal, mas se preocupa em informar a origem da entrevista do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

8.6.09

Nem pensar

Está na hora de sairmos às ruas e pedirmos o cancelamento da ZH!

7.6.09

Correio do Povo denuncia campanha pérfida de Zero Hora e critica puxa-saquismo do jornal da RBS

O Correio do Povo publicou editorial, hoje (5), denunciando que Zero Hora vem fazendo uma campanha pérfida contra o jornal “com a publicação de notas e insinuações como a reproduzida ontem em sua coluna de “opinião política” (Rosane de Oliveira), na qual tenta imputar comprometimento partidário ao Correio do Povo”. E isto aconteceu, acrescenta o editorial, “na mesma edição em que aquele jornal omitiu informações importantes sobre a percepção dos gaúchos quanto à possibilidade de corrupção no governo estadual, como a de que uma parcela relevante dos entrevistados defende o impeachment da governadora, no âmbito de uma pesquisa do Instituto Datafolha cujos dados essenciais foram publicados com destaque pelo Correio do Povo”.

Além disso, o jornal do Grupo Record critica “o papel vergonhoso desempenhado por alguns veículos de comunicação que, não satisfeitos com seu próprio puxa-saquismo desenfreado, tentam transformar a bajulação em virtude e a independência de outros em defeito”. “Buscando parecer imparciais o mais perto que chegam do que imaginam serem as tradições gaúchas é agir como o quero-quero, que grita bem longe de onde está o ninho verdadeiro”. E conclui:

“É esta história (de 113 anos de CP) que os gaúchos conhecem e que não precisa ser reescrita, ao contrário de outros, que, talvez por vergonha de seus próprios caminhos, estão sempre à espreita de uma mudança de rumos que coloque o Correio do Povo ao seu lado na senda indigna que eles escolheram”.


Fonte: RSurgente

Juiz Federal desmente o jornal da RBS no caso CGTEE


E agora Zero Hora?

Nota Pública - 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre
Por: TRF 4ª Região
Daniel Marchionatti Barbosa, Juiz da 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, emitiu nota a respeito do "Caso CGTEE".

Tendo em vista a notícia publicada pelo jornal Zero Hora, na data de hoje (05/06/09), sob o título "O Dossiê CGTEE", na qual são veiculadas informações relativas à ação penal 2007.71.00.032598-2, em trâmite na 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, esclareço, na qualidade de juiz do processo, que não fui procurado pela reportagem nem prestei ao jornal informações sobre o assunto. Portanto, não são de minha responsabilidade declarações atribuídas à Justiça Federal ou à 1ª Vara Federal Criminal.

O trecho que afirma que um dos réus “é considerado pela Justiça Federal o grande articulador da fraude” não corresponde a manifestação deste magistrado. A opinião do juízo sobre a responsabilidade dos acusados será veiculada somente na sentença. Neste momento, o que existe é uma acusação, formulada pelo Ministério Público Federal, que será avaliada com independência no julgamento da causa.

Daniel Marchionatti Barbosa
Juiz da 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre

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Ou seja, o jornal Zero Hora está usinando um factóide que visa atingir a ministra Dilma Rousseff, indiretamente.

Esse é o jornalismo marronzista que se pratica no bairro Azenha.

5.6.09

I CONFECOM


O público poderá ter acesso a mais informações a respeito da I Conferência Nacional de Comunicação - I CONFECOM - no blog "Liberdade de Expressão".